A pandemia do coronavírus tornou-se um desafio diário na vida de toda a população e um grande obstáculo para muitos setores da economia, entre eles, o turismo, que de acordo com dados divulgados pela Organização Mundial do Turismo (OMT), teve uma redução de 60% a 80% ao redor do mundo, apenas nestes últimos meses.
Hotéis, restaurantes, parques, reservas naturais, atrações turísticas de todo o mundo fecharam durante meses e aqui no Brasil e região não foi diferente. Presenciamos, pela primeira vez, propagandas exigindo a permanência da população em suas próprias casas, cidades da Serra da Mantiqueira e Vale Histórico com barreiras sanitárias, praias do Litoral Norte totalmente fechadas e trânsito restrito entre municípios. Um cenário único, nunca antes visto: nada de passeios.
Apenas em agosto alguns sinais de flexibilização começam a aparecer. No Estado de São Paulo, com a passagem de regiões para a fase amarela do Plano SP, incluindo a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), municípios começam a dar os primeiros passos a caminho da reabertura de hotéis, restaurantes, praias, entre outras atrações turísticas, mas ainda com muita cautela e incertezas.
No entanto, a luz no fim do túnel começa a surgir com a ideia de 2021 com vacina para coronavírus e nova tendência para o turismo nacional. O mundo pós-pandemia será uma nova chance para o turismo interno, e mais especificamente, pensando na RMVale, uma nova chance para o turismo regional.
De acordo com o presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Gilson Machado Neto, o cenário pós-pandemia será de fôlego para o turismo interno, de curto e média distância, enquanto o turismo internacional ou de longas distâncias ainda precisará esperar por mais estabilidade e segurança sanitária para reconquistar a confiança de turistas.
Outra característica que já ganha força é o ecoturismo ou turismo de natureza. Ainda de acordo com o Gilson Machado, em maio de 2019, o turismo de natureza representava 10% das pesquisas totais feitas sobre turismo no Google. Já em 2020, o fluxo de pesquisas sobre turismo de natureza subiu para 54%. E uma das explicações para o aumento de pesquisas sobre ecoturismo seria, justamente, a busca por passeios “mais seguros”, longe de aglomerações.
Turismo regional e de natureza
Estudos também apontam que a população está em busca de atividades e locais que possam alcançar com seus carros particulares. Ambientes mais tranquilos e com menos aglomeração. Somando estas duas principais características do turismo pós-pandemia (interno e de natureza), temos a combinação perfeita para a região da RMVale.
A Embratur define ecoturismo como uma proposta de contemplação e conservação da natureza, uma atividade que, de forma sustentável, aproveita o patrimônio natural, oferecendo vivências e usufruto de paisagens rurais, áreas reflorestadas, regiões costeiras, entre outros ecossistemas.
O Vale do Paraíba, Litoral Norte Paulista e a Serra da Mantiqueira com suas riquezas em patrimônio natural, possuem inúmeras rotas para quem quer ecoturismo, com áreas rurais, litorâneas, montanhas, além dos atrativos culturais, gastronômicos e turismo de aventura que também acompanham.
A RMVale possui mais de 2,55 milhões de habitantes e boa parte desta população irá procurar passeios e viagens sem sair da região, reaquecendo a economia dos municípios. O momento pode ser de crise e instabilidade para o setor, mas os dados começam a dar sinais de um futuro com esperança e forte reaquecimento.
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