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A trágica vida de Katherine Howard

Como as tragédias da vida da quinta noiva de Henry VIII continuam existindo até hoje

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Escrito por Manuela Yumi e Maiara Akemi

07 MAI 2021 - 14H04

Foto: Reprodução/@caf_draws

Katherine Howard, ou Catherine Howard, foi a quinta mulher que se casou com Henry VIII (rei da Inglaterra de 1509 a 1547 e fundador da Igreja Anglicana). Ela teve uma vida muito trágica, que foi praticamente esquecida e ignorada, antes de ser decapitada no dia 13 de fevereiro de 1542, aos 19 anos de idade. Conheça sua história.

Um costume muito comum na época da infância de Katheryn era de famílias com muitos filhos deixarem suas crianças vivendo na casa de parentes distantes para estudar. Então, a duquesa Agnes Howard recebeu sua enteada em sua casa até o casamento da garota.

Porém, quando Katherine tinha aproximadamente 13 anos, ela começou a ter aulas de música com Henry Mannox, de 23 anos. O que ninguém sabia é que Henry tinha também outro tipo de relação com a menina. Anos mais tarde, depois de Kate já ter se tornado rainha, ela disse: "At the flattering and fair persuasions of Manox being but a young girl I suffered him at sundry times to handle and touch the secret parts of my body which neither became me with honesty to permit nor him to require" (“Pelas persuasões lisonjeiras - que fizeram se sentir mais atraentes do que o normal - e justas de Manox ser apenas uma jovem, eu permiti que ele várias vezes manipulasse e tocasse as partes secretas do meu corpo, sem que houvesse honestidade no que estava acontecendo para que eu pudesse permitir ou que ele pedisse permissão"). 

 A “relação” acabou quando a duquesa Agnes viu Katherine e o professor juntos. Agnes culpou a própria enteada por isso. Criados até disseram que a duquesa bateu na menina 2 ou 3 vezes e a proibiu de encontrar com Mannox.

 Ainda na casa da duquesa, Katherine conheceu Francis Dereham, um primo distante, quando tinha aproximadamente 15 anos. No julgamento, tanto de Francis quanto de Katheryn, Francis disse que ambos estavam apaixonados na época, mas os criados que depuseram contaram que ela apresentava sinais de abuso, ignorados por todos.

Mannox, que ainda dava aulas na casa, descobriu sobre o caso e mandou uma carta anônima para Agnes dizendo para ela ir para o quarto de Katherine pouco antes de ir dormir, e lá ela descobriu os dois juntos. A garota foi novamente punida, e Francis foi mandado para a Irlanda.

Assim como as outras ex-esposas de Henry, Jane Seymour e Anne Boleyn, Katherine chamou a atenção de Henry VIII por ser a dama de companhia de Anne of Cleves, rainha anterior a ela. Seu tio, o duque de Norfolk, foi quem encontrou o cargo para a garota. Assim, ela chamaria a atenção do rei, e ela certamente o fez. Katherine, então, deixou Dereham e foi para a Corte Inglesa em 1536. Mal ela sabia que esta Corte era muito mais perigosa que sua antiga casa.

Apesar de ter aprendido a ler e escrever, Katherine não recebeu ensino superior. Em vez disso, aprendeu boas maneiras e como cuidar de uma casa, o que lhe tornaria a “noiva ideal”, além de ter aprendido música, como mencionado anteriormente. Porém, mesmo tendo todas essas qualidades, uma das características mais importantes para uma noiva naquela época era a pureza, coisa que tinha sido tirada dela, quando muito nova.

Por isso, a duquesa acabou gastando muito dinheiro e tempo tentando “proteger” a futura rainha de ameaças, tanto das anônimas, quanto das assinadas por Francis.

No dia 12 de julho de 1543, Henry e Catherine se casaram, mas Katherine deu o cargo de secretário e guarda de seus aposentos para Francis Dereham, o que revelou sobre seu passado para o rei e poderia ter causado a morte da rainha. Mas, por sorte, ela havia escapado desse destino, ou deveria, se não fosse pela sua suposta relação com Thomas Culpeper, membro da corte do rei.

Quando Henry e Katherine estavam casados, havia cerca de seis meses, ela começou a mandar presentes para Thomas e se encontrar com ele. E logo Manox e Dereham admitiram seu passado com a rainha, que confessou sua intimidade com Dereham e disse: "I was so desirous to be taken unto your Grace’s favour and so blinded with the desire of worldly glory that I could not, nor had grace, to consider how great a fault it was to conceal my former faults from your Majesty, considering that I intended ever during my life to be faithful and true unto your Majesty" (“Eu desejava tanto ser levada ao favor de vossa graça, e tão cega pelo desejo da glória mundana, que não pude, nem tive a graça, para considerar quão grande foi o erro de ocultar minhas faltas anteriores de Vossa Majestade, considerando que eu pretendi sempre, durante minha vida, ser fiel e verdadeira à Vossa Majestade”).

Katherine foi decapitada no dia 13 de fevereiro de 1542.

 A conclusão desta história é que, há milhares de anos, tanto nas famílias mais ricas quanto nas famílias mais pobres, existem diversos casos de abusos sexuais contra crianças, tanto os causados por membros da família quanto os causados por pessoas externas. O caso de Katherine Howard foi mais um dos casos ignorados. Mas existem diversos casos como esse, tanto no passado como atualmente, que foram esquecidos da mesma forma.

Se você quiser conhecer mais sobre a história de Katherine, confira a música sobre a vida dela. Clique no link https://www.youtube.com/watch?v=BhszM7II9p8 , por Six de Musical, da Broadway.

Foto: Reprodução/@caf_draws
Foto: Reprodução/@caf_draws

Com supervisão de Giovana Colela, jornalista do Meon Jovem.

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Manuela Yumi e Maiara Akemi

8ª série do Ensino Fundamental II - Colégio Luce Prima - São José dos Campos.

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