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Carolina Maria de Jesus e sua resistência nas páginas da favela

Escritora negra e favelada que deu a volta por cima através de seus registros em diários

vitoria - lorena

Escrito por Vitória Carvalho Pereira

16 ABR 2024 - 12H34 (Atualizada em 16 ABR 2024 - 13H07)

Divulgação

Nascida em Sacramento, MG, Carolina, uma mulher negra com apenas 2 anos de escolaridade, catadora de papel e mãe solteira de três filhos. Vivendo na primeira favela de São Paulo, ela mostrou ao mundo sua dura e sofrida realidade através de seus diários feitos com folhas, papelão e cadernos encontrados na rua, transformando-os em seu refúgio diário. Nunca imaginaria que esses simples registros seriam uma grande forma de mostrar ao mundo sua vida.

Em 1914, 29 anos após a abolição da escravidão, nasceu Carolina Maria de Jesus, em uma pequena cidade de MG chamada Sacramento, onde teve apenas 2 anos de estudos bancados pela patroa de sua mãe. Após a morte de sua mãe, Carolina se mudou para São Paulo e passou a morar em um barracão de madeira na maior favela de São Paulo. Vivendo de folhas perdidas pelo caminho, Carolina tinha três filhos para sustentar apenas com o dinheiro do papel encontrado no caminho. Mãe solteira, ela se recusava a se casar, pois considerava o casamento uma prisão.

Um dia, o jornalista Aldalio Dantas foi à favela Canindé para fazer uma reportagem e acabou encontrando Carolina. Ao descobrir seu diário, Aldalio decidiu publicá-lo com o título "Quarto de Despejo". Depois disso, Carolina começou a experimentar mobilidade social, onde sua situação financeira começou a melhorar. No entanto, ela decidiu investir em outros livros o dinheiro ganho, porém sofreu muito com o racismo e a eugenia que recebeu de outros escritores brasileiros, que não aceitavam uma mulher negra sendo tão inteligente.

Em resumo, a história de Carolina Maria de Jesus é um testemunho da força da determinação individual e da capacidade de transformar desafios em oportunidades. Ela nos ensina que, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, é possível transcender as barreiras impostas pela sociedade. Sua vida e escrita continuam a inspirar e lembrar a todos nós da importância de reconhecer, valorizar e celebrar a diversidade, além de combater o racismo e o preconceito intelectual. Carolina Maria de Jesus deixou um legado eterno de resistência e superação.

Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.




Escrito por
vitoria - lorena
Vitória Carvalho Pereira

9º ano do ensino fundamental II - E.E Prof. Joaquim Ferreira Pedro - Lorena

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