Nascida em Sacramento, MG, Carolina, uma mulher negra com apenas 2 anos de escolaridade, catadora de papel e mãe solteira de três filhos. Vivendo na primeira favela de São Paulo, ela mostrou ao mundo sua dura e sofrida realidade através de seus diários feitos com folhas, papelão e cadernos encontrados na rua, transformando-os em seu refúgio diário. Nunca imaginaria que esses simples registros seriam uma grande forma de mostrar ao mundo sua vida.
Em 1914, 29 anos após a abolição da escravidão, nasceu Carolina Maria de Jesus, em uma pequena cidade de MG chamada Sacramento, onde teve apenas 2 anos de estudos bancados pela patroa de sua mãe. Após a morte de sua mãe, Carolina se mudou para São Paulo e passou a morar em um barracão de madeira na maior favela de São Paulo. Vivendo de folhas perdidas pelo caminho, Carolina tinha três filhos para sustentar apenas com o dinheiro do papel encontrado no caminho. Mãe solteira, ela se recusava a se casar, pois considerava o casamento uma prisão.
Um dia, o jornalista Aldalio Dantas foi à favela Canindé para fazer uma reportagem e acabou encontrando Carolina. Ao descobrir seu diário, Aldalio decidiu publicá-lo com o título "Quarto de Despejo". Depois disso, Carolina começou a experimentar mobilidade social, onde sua situação financeira começou a melhorar. No entanto, ela decidiu investir em outros livros o dinheiro ganho, porém sofreu muito com o racismo e a eugenia que recebeu de outros escritores brasileiros, que não aceitavam uma mulher negra sendo tão inteligente.
Em resumo, a história de Carolina Maria de Jesus é um testemunho da força da determinação individual e da capacidade de transformar desafios em oportunidades. Ela nos ensina que, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, é possível transcender as barreiras impostas pela sociedade. Sua vida e escrita continuam a inspirar e lembrar a todos nós da importância de reconhecer, valorizar e celebrar a diversidade, além de combater o racismo e o preconceito intelectual. Carolina Maria de Jesus deixou um legado eterno de resistência e superação.
Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.