Três bilhões de anos atrás não havia vida complexa na Terra e o ar não tinha oxigênio, mas era rico em gás carbônico. Os oceanos, por sua vez, eram quentes e repletos de fósforo, nitrogênio e microorganismos chamados cianobactérias.
As cianobactérias são organismos autótrofos (que se nutrem por meio da fotossíntese) e, por isso, se assemelham muito às algas unicelulares. Entretanto, por não possuírem um núcleo delimitado por membrana (procarionte) também são muito semelhantes às bactérias.
Esses micro-organismos são imunes ao calor e podem sobreviver em diversos lugares com diferentes luminosidades. São também bons em absorver a luz solar e nutrientes, como nitrogênio e fósforo e para criar as cianotoxinas, que envenenam seus inimigos, permitindo a sobrevivência.
As cianotoxinas são classificadas de acordo com sua ação no organismo. Podem ser neurotoxinas, hepatotoxinas e dermatotoxinas. As neurotoxinas causam tremores na pele, respiração ofegante, desequilíbrio e convulsões quando ingeridas. As hepatotoxinas afetam o fígado e podem levar ao aumento do órgão e as hemorragias, vômitos e/ou diarreia. Já as dermatotoxinas causam irritação em contato com a pele.
Durante o processo de sua evolução, as cianobactérias aprenderam a criar a glicose através da fotossíntese. Nesse processo, elas também liberam gás oxigênio. Porém, por terem vivido e se adaptado a um mundo sem oxigênio são mortas por esse gás, o que quase as levou à extinção.
Elas têm uma vida curta, mas sempre que morrem é ao mesmo tempo e no mesmo local que muitos de suas espécies. Assim, seus corpos mortos ocupam grandes áreas, que são visíveis a olho-nu.
Elas servem de alimento para decompositores, que temporariamente usam todo o oxigênio liberado neste processo, matando peixes e outros animais e cobrindo grande área com seus cadáveres.
Mas por que elas podem acabar com a vida na Terra?
Com o aquecimento global e com a liberação excessiva de gás carbônico na atmosfera, as cianobactérias voltaram a prosperar, já que a água dos oceanos tem esquentado, o que permite que as cianobactérias vivam e morram. Isso, certamente tem destruído a vida nos oceanos e causado grande impacto ambiental, tanto com a massa de cadáveres, quanto com suas toxinas.
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Com supervisão de Nicole Almeida, jornalista do Grupo Meon.
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