Brasil

Bolsonaro fala com a imprensa um dia após recorde de mortes por Covid no Brasil

Ele fez críticas às medidas restritivas mais rígidas, que comprometem a economia

Escrito por Meon

31 MAR 2021 - 15H10 (Atualizada em 31 MAR 2021 - 16H02)

Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro fez novas críticas às medidas de restrição impostas por governos estaduais e municipais para o combate à pandemia no Brasil. Disse que "a fome está batendo cada vez mais forte".

"Alguns decretos têm se superado e muito até o que seria um estado de sítio no Brasil. O estado de sítio não é presidente quem decreta, ele pode até mandar o decreto pro Parlamento, mas só depois do Parlamento aprovar, ele entraria em vigor. Toque de recolher e supressão do direito de ir e vir extrapolam o estado de sítio", disse.

Ele também voltou a defender que "a política de lockdown" seja revista por governadores e prefeitos para que se possa "voltar à normalidade". 

"Tínhamos e temos dois inimigos: o vírus e o desemprego. E não é ficando em casa que vamos resolver esse problema. Essa política ainda está sendo adotada, mas o espirito dela era para achatar a curva de contaminações enquanto os hospitais se preparavam", disse Bolsonaro.


Segundo ele, o auxílio emergencial, que volta a ser pago na próxima terça-feira, 6 de abril, tem sido "um alento" para a população. "É pouco, reconheço, mas é o que a nação pode dispensar à sua população. Só temos um caminho: deixar o povo trabalhar".

O pronunciamento foi feito um dia depois do Brasil bater recorde no número de mortes por Covid-19. Foram 3.801 óbitos pela doença nas últimas 24 horas, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde).

No total, o Brasil tem mais de 317 mil mortes por Covid-19 e são 12,6 milhões de casos positivos desde o início da pandemia, com 11,1 milhões de recuperados.

 Auxílio Emergencial

Na próxima terça-feira, começam a receber os trabalhadores informais, microempreendedores individuais, desempregados e outras pessoas afetadas pela pandemia da covid-19 nascidas no mês de janeiro, além de integrantes do Cadastro Único do governo federal.

Beneficiários do Bolsa Família receberão de acordo com o calendário habitual do programa, que, em abril, começa a ser pago no dia 16.

As pessoas não terão direito a sacar os recursos no mesmo dia em que receberem, conforme explicou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante anúncio feito no Palácio do Planalto, esta manhã.

O calendário completo de pagamentos e saques consta da Portaria nº 622, que o Ministério da Cidadania publicou hoje (31), no Diário Oficial da União.

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