Brasil

Comércio comemora possível volta do Horário de Verão

Setor aéreo pede tempo para adaptação

Escrito por Meon

25 SET 2024 - 16H01 (Atualizada em 25 SET 2024 - 16H31)

Reprodução

O Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e Região) tem acompanhado, nas últimas semanas, os debates sobre a volta do horário de verão em 2024, considerando o quadro de seca e falta de chuvas que afeta várias regiões do país.

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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou a volta da medida, com o adiantamento dos relógios em 1 hora ocorrendo após o 2º turno das eleições municipais, e apesar de não haver risco de crise energética, o assunto será avaliado pelo Ministério de Minas e Energia em conjunto com outros órgãos.

O horário de verão foi extinto em 2019, após uma série de estudos apontarem que a economia de energia era baixa e não justificava sua manutenção. Realmente, a projeção de economia caso a medida seja implementada em 2024 é de apenas R$ 400 milhões, um valor relativamente baixo considerando o montante de recursos movimentado pelo setor elétrico.

Entretanto, a volta do horário de verão ajudaria a diminuir o consumo de energia no pico de energia noturno, e a aumentar a geração solar e eólica, reduzindo a necessidade de acionar as usinas térmicas, em que o custo de geração é maior.

Para o presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP, Dan Guinsburg, o retorno do horário de verão estimularia e traria uma série de benefícios para os setores de comércio, serviços e turismo.

“Com mais luz natural à noite, os estabelecimentos comerciais podem abrir por mais tempo, o que pode atrair mais clientes. Nas nossas cidades turísticas, o horário de verão pode aumentar a afluência de turistas, que aproveitam as horas extras de luz natural para passeios e compras. Além disso, a medida pode trazer maior disposição do consumidor, ou seja, com o dia mais longo, os consumidores tendem a sair mais, aproveitando o clima e a luz do dia, e com maior sensação de segurança, o que pode aumentar as vendas”, explica Dan.

Setor aéreo pede 180 dias para adaptação

Associações do setor aéreo publicaram uma nota, na terça-feira (24), informando que a categoria precisa de no mínimo 180 dias para adaptação ao horário do verão, caso o governo federal aprove o retorno da medida, que está suspensa desde 2019.

No texto, divulgado no site da Associação das Empresas Aéreas (Abear), as entidades destacam os "impactos na operação e logística do transporte aéreo caso medida seja adotada imediatamente".

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