Mesmo após a Polícia Federal revelar um esquema de fraudes bilionárias no INSS, aposentados e pensionistas continuam sendo vítimas de descontos indevidos em seus benefícios até esta quarta-feira (7). Os valores seguem sendo cobrados por associações que, segundo os relatos, nunca foram autorizadas pelos beneficiários.
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Casos como o de um aposentado de Belém (PA), que preferiu não se identificar, mostram que as cobranças não cessaram. Ele teve descontados R$ 81,57 em favor da AASAP (Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista), entidade que sequer aparece na lista das investigadas pela operação. Outro exemplo é de uma aposentada da mesma cidade, que sofreu desconto no mesmo valor em nome da Caap (Caixa de Assistência aos Aposentados e Pensionistas). Ambos afirmam nunca terem autorizado tais débitos.
A advogada Mariana Faria, que representa os aposentados, também relata dois casos em Curitiba com cobranças feitas no início do mês, mesmo após o INSS ter determinado oficialmente a suspensão dessas mensalidades no fim de abril.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) enviou ofício ao presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, cobrando esclarecimentos e medidas urgentes para o reembolso dos prejudicados. “A suspensão já deveria estar valendo. É uma situação inadmissível”, criticou Montserrat de Chaby, presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-PR.
A Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, revelou que os valores podem ter sido desviados sem autorização formal, com prejuízo estimado de até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. De acordo com especialistas, muitos aposentados sequer tiveram assinaturas falsificadas — os descontos simplesmente foram ativados, sem qualquer tipo de comprovação ou contrato anexado à plataforma Meu INSS.
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O grande problema, segundo Mariana, é que mesmo quando os aposentados ganham na Justiça contra essas associações, raramente conseguem receber o valor de volta. Isso porque muitas delas não possuem bens registrados em seus nomes. E os processos contra o próprio INSS estão travados na Justiça Federal desde setembro de 2023, aguardando uma decisão nacional que definirá se o instituto pode ser responsabilizado junto com as entidades.
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