A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) deflagraram nesta terça-feira, 29 de julho, a Operação Korban, que investiga suspeitas de desvio de aproximadamente R$ 15 milhões em recursos públicos destinados à Associação Moriá, por meio de convênios com o Ministério do Esporte para realização dos Jogos Estudantis de Esportes Digitais (Jedis) entre 2023 e 2024.
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Durante a operação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Acre, Paraná e Goiás. Também foram determinadas medidas de sequestro de bens — como veículos e imóveis — e bloqueio de contas bancárias, totalizando até R$ 25 milhões em indisponibilidades patrimoniais.
A investigação teve origem numa auditoria da CGU sobre convênios celebrados entre a Associação Moriá e o Ministério do Esporte, financiados por emendas parlamentares indicadas por parlamentares do Distrito Federal e de outros estados.
Auditores indicam que parte expressiva dos recursos teria sido usada em festas de abertura e encerramento (cerca de 40% do valor), além de aluguéis de computadores cobrados até 11 vezes acima do preço de mercado. Em apenas dois convênios, foram identificados gastos "evitáveis" de R$ 1,7 milhão.
A CGU estima prejuízo potencial de R$ 13,2 milhões em razão das irregularidades apuradas, o que representa mais de 80% do orçamento originalmente previsto para os projetos Jedis.
Os recursos investigados visavam promover capacitação de estudantes da rede pública por meio de cursos ligados a jogos eletrônicos e atividades pedagógicas, mas podem ter sido desviados, impactando diretamente na qualidade das ações previstas. As operação expõe falhas graves no controle de convênios e no uso de emendas parlamentares, além de revelar indícios de uso de estruturas fictícias para justificar o repasse de altas quantias públicas.
A ordem judicial determinou a suspensão imediata de novos repasses à Associação Moriá e a proibição de transferências a subcontratadas relacionadas aos convênios sob investigação.
A Operação Korban coloca em evidência mais uma vez a fragilidade de fiscalização sobre recursos públicos aplicados por meio de emendas parlamentares e a ausência de controle crítico nas parcerias com organizações da sociedade civil. À medida que as investigações avançam, cabe à sociedade acompanhar com rigor os esclarecimentos e garantir que nenhum responsável escape da prestação de contas e eventual responsabilização judicial. A transparência e a efetividade dos controles são essenciais para evitar que projetos jovens e de inovação sejam desviados de sua finalidade.
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