Brasil

Oruam vira réu por tentar matar policiais durante operação no Rio

Rapper e amigo arremessaram pedras pesadas contra delegado e agente civil

Escrito por Meon

30 JUL 2025 - 18H15 (Atualizada em 30 JUL 2025 - 18H46)

reprodução

Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, passou à condição de réu nesta terça-feira (29), após decisão da juíza Tula Corrêa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Capital. Ele responde por tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moysés Santana Gomes e o agente Alexandre Ferraz, ambos da Polícia Civil, durante uma operação realizada em sua residência, no bairro Joá, zona oeste do Rio de Janeiro, no dia 22 de julho.

👉 Receba as notícias do dia – clique AQUI para seguir o canal MEON no WhatsApp!

Segundo a denúncia do Ministério Público, Oruam e seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira teriam lançado diversas pedras de cerca de 4 a 5 kg da sacada da casa contra os policiais. Um dos objetos atingiu o agente Alexandre nas costas e no calcanhar. O delegado conseguiu se proteger atrás de uma viatura.

As pedras foram arremessadas de uma altura estimada em 4,5 metros. O MP sustenta que, pelas características do ataque, o ato foi intencional, com uso de meio cruel e contra agentes públicos no exercício da função — o que qualifica o crime como hediondo.

O Ministério Público também considerou publicações feitas por Oruam em suas redes sociais, nas quais incita a violência contra a polícia e desafia a presença de forças de segurança em áreas dominadas pelo tráfico, como o Complexo da Penha. O artista é filho de um dos líderes da facção criminosa que atua na região.

A defesa do rapper nega que tenha havido tentativa de homicídio. Sustenta que o cantor reagiu em um momento de pânico, ao ver mais de 20 carros descaracterizados em frente à sua casa, e que não teve intenção de matar. Os advogados também alegam irregularidades na operação, como ausência de mandado judicial válido, agentes em viaturas sem identificação e descumprimento de horários legais.

O episódio lança luz sobre a tensão entre figuras públicas associadas ao tráfico e as forças de segurança do Estado. O caso de Oruam, que além de músico é influenciador digital com milhões de seguidores, pode ter desdobramentos relevantes no debate sobre o limite da ação policial, uso da imagem pública e responsabilidade criminal de artistas ligados a áreas de risco. Ele segue preso preventivamente em Bangu 3, enquanto aguarda julgamento.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Meon, em Brasil

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.