A Petrobras anunciou a redução de 4,9% no preço da gasolina vendida às distribuidoras a partir desta terça-feira (21). O litro do combustível passou de R$ 2,85 para R$ 2,71, em média — uma queda de R$ 0,14 por litro. Este é o primeiro corte desde julho, motivado pela queda nas cotações internacionais do petróleo e pela defasagem em relação aos preços externos.
Com o novo reajuste, o acumulado do ano já soma redução de R$ 0,31/litro (10,3%). Os valores do diesel e do gás de cozinha (GLP) permanecem inalterados. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina comum no país estava em R$ 6,22 na semana passada.
A Petrobras destacou que o corte não garante queda imediata nas bombas, já que o preço final ao consumidor depende de tributos, margens de revenda e custos logísticos. O repasse deve ocorrer de forma gradual, variando conforme cada região do país.
O anúncio acontece em meio ao recuo no preço internacional do barril de petróleo, após semanas de instabilidade provocadas por tensões geopolíticas e sinais de desaceleração econômica. Internamente, a estatal vinha sofrendo pressão política por ajustes diante da defasagem acumulada e da alta recente dos combustíveis.
O mercado financeiro projeta leve impacto sobre a inflação, atualmente em 5,17% no acumulado de 12 meses. Segundo a Warren Investimentos, o corte pode reduzir o IPCA em 1,58% nas bombas em novembro, levando a projeção de inflação de 4,5% para 4,4% em 2025.
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