Mesmo após reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro, o PR decidiu manter posição de independência e anunciou que vai apoiar a reforma da Previdência com restrições. A informação é do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR), escalado como porta-voz da sigla na conversa com Bolsonaro, que ocorreu no final da manhã desta terça-feira. Também participaram do encontro no Palácio do Planalto os senadores Jorginho Mello e Wellington Fagundes.
Segundo Nascimento, Bolsonaro pediu "ajuda" para a reforma e o partido vai ajudar, mas sem apoio formal. "Vamos votar com o governo, mas não vamos fechar questão", disse.
Ele destacou que o PR possui 39 deputados na Câmara e é um partido relevante para garantir a aprovação do texto. "Somos um partido que conta", defendeu.
Nascimento contou que a reforma da Previdência foi o único assunto tratado na reunião. Bolsonaro não falou sobre a base aliada, nem fez qualquer gesto para que o partido integre formalmente o governo.
"Nem foi cogitado. Não queremos participar do governo, nem queremos cargos", reagiu Nascimento.
Ele afirmou que o partido "vai estar junto nessa empreitada" pela aprovação da reforma da Previdência, mas que defenderá mudanças em trechos que tratam do Benefício de Prestação Continuada (BPC), da aposentadoria rural e da contribuição de professores. "Não abrimos mão da defesa dos professores, essa é uma bandeira nossa."
Assim como ocorreu na semana passada, o PR foi convidado para integrar um conselho com dirigentes partidários que vai se reunir periodicamente com o governo, mas ainda sem datas definidas.
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