O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos (PR-AM), afirmou que, embora não tenha simpatia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, vai trabalhar para que a proposta seja aprovada pelo colegiado ainda no primeiro semestre.
"A minha antipatia pelo governo é menor do que a minha responsabilidade com a reforma. Não vou deixar milhões de brasileiros em necessidade. Todos sabem que eu não tenho simpatia por esse governo. Basta ver meu posicionamento", disse.
O presidente afirmou que as mudanças no texto original enviado pelo governo são inevitáveis porque parte dos partidos já decidiu pela retirada dos pontos que tratam da aposentadoria rural, do benefício pago a idosos miseráveis (BPC) e a aposentadoria de professores. Ele ressaltou, no entanto, que é importante que a reforma desidrate "o mínimo possível".
De acordo com Ramos, as emendas dos parlamentares só poderão ser apresentadas a partir de 7 de maio e que o cronograma a ser proposto será pela votação da proposta ainda no primeiro semestre.
O deputado afirmou ainda não saber quando as audiências públicas poderão ser realizadas no colegiado, mas disse considerar a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, essencial. "É mais importante que ele venha aqui do que na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) porque vamos discutir o mérito e precisamos ter informações", afirmou.
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