Simone Tebet diz que negociações com EUA envolvem etanol e terras raras

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (29) que as questões a resolver com os Estados Unidos envolvem etanol e terras raras, setores estratégicos para o Brasil.

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Em entrevista à Globonews, Tebet destacou que o pacote de medidas do governo brasileiro é uma “reação” e não uma retaliação às tarifas de 50% que os EUA aplicarão sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Segundo a ministra, a prioridade é agir com cautela para evitar uma guerra comercial que prejudique as duas potências.

A ministra explicou que o governo americano ainda busca motivos para manter as tarifas, com um foco que, segundo ela, está mais ligado ao ministro Alexandre de Moraes do STF do que ao presidente Lula. Tebet acredita que o presidente Lula está disposto a negociar diretamente com Donald Trump, desde que haja uma base para diálogo produtivo.

A pauta de investimentos em tecnologia e capital estrangeiro, especialmente no setor de minerais críticos, está em discussão no governo brasileiro, que planeja uma política nacional para atração desses recursos antes da COP-30. Tebet ressaltou que qualquer exploração de terras raras deve respeitar as normas ambientais brasileiras, sem comprometer a Amazônia.

Sobre o impacto das tarifas, a ministra indicou que o governo pode adotar medidas para proteger a indústria nacional, como a abertura de créditos e a aplicação de medidas antidumping para produtos importados com preços abaixo do custo de produção.

Tebet também reforçou que valores como democracia e soberania são inegociáveis nas tratativas com os EUA, ressaltando o fortalecimento do presidente Lula na defesa da soberania nacional.