O número de casos descartados de intoxicação por metanol em São Paulo subiu para 189, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (10) pela Secretaria de Estado da Saúde. Apenas nas últimas análises, 37 casos foram descartados após exames clínicos e epidemiológicos. O estado contabiliza ainda 25 casos confirmados e 160 em investigação.
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Desde a confirmação dos primeiros casos, em setembro, o governo paulista intensificou as ações de saúde, segurança e comunicação, com o objetivo de alertar a população e reforçar a fiscalização em todas as regiões do estado.
Prisões e investigações em andamento
Entre quinta (9) e sexta-feira (10), três pessoas foram presas pela força-tarefa estadual, elevando para 49 o total de detidos em 2025 por irregularidades na comercialização de bebidas — sendo 28 desde 29 de setembro, quando as operações foram ampliadas.
A prisão mais recente ocorreu nesta sexta, em São Bernardo do Campo. Uma mulher foi flagrada adulterando bebidas em uma fábrica clandestina, que foi fechada durante a operação. A investigação revelou que o grupo adquiria etanol adulterado com metanol de um posto de combustível para fabricar e distribuir bebidas a outros estabelecimentos.
Os agentes chegaram ao local após investigarem a morte da primeira vítima por intoxicação, ocorrida em setembro. A vítima passou mal no dia 12 e morreu quatro dias depois. No bar onde ele havia consumido a bebida, foram apreendidas nove garrafas — em oito delas, os peritos encontraram metanol em concentrações entre 14,6% e 45,1%.
Na quinta (9), outras duas prisões foram realizadas. Em São José dos Campos, um homem foi preso em flagrante por fabricar e rotular bebidas de forma irregular em um depósito no bairro Vila Alexandrina. Já em Cajamar, outro suspeito foi detido em uma adega no bairro Polvilho, onde os policiais encontraram cerca de 915 garrafas de whisky, vodca e gim com sinais de falsificação.
Protocolo inédito de detecção
Na quinta-feira (9), o Governo de São Paulo apresentou um protocolo inédito para identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas. O método, desenvolvido pela Polícia Técnico-Científica, adota padrões internacionais e permite obter resultados com 99% de confiabilidade sem a necessidade de abrir todas as garrafas apreendidas.
O procedimento começa com a verificação de lacres, selos e rótulos pelo Núcleo de Documentoscopia. Em seguida, o Núcleo de Química utiliza um equipamento portátil para detectar a presença de metanol e outros compostos. A tecnologia permite que os peritos emitam laudos em menos de um dia, acelerando investigações e medidas de controle sanitário. Até o momento, 30 casos já foram analisados com o novo sistema.
Balanço atualizado do gabinete de crise
Casos de intoxicação:
185 casos no total
160 em investigação (6 óbitos)
25 confirmados (5 óbitos)
189 descartados
Apreensões desde 29/9:
Mais de 20,2 mil garrafas apreendidas (70,2 mil ao longo de 2025)
Mais de 100 mil insumos apreendidos
480 mil rótulos apreendidos (15 milhões no ano)
Mais de 113 mil vasilhames vazios recolhidos
Prisões:
49 pessoas presas no ano
28 desde o fim de setembro
O próximo balanço de casos será divulgado na segunda-feira (13).
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