Estado de São Paulo

Polícia encontra postos que vendiam etanol com metanol

Os dois postos ficam no ABC Paulista

Escrito por Meon

17 OUT 2025 - 14H15

Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil de São Paulo encontrou nesta sexta-feira (17) dois postos de combustível suspeitos de vender etanol adulterado com metanol — substância tóxica e proibida para consumo humano — que teria sido usado na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas ligadas à morte de três pessoas.

Os estabelecimentos, localizados em São Bernardo do Campo e Santo André, pertencem a bandeiras diferentes. O posto de Santo André, segundo a investigação, seria o principal fornecedor do metanol usado pelo grupo criminoso. Ambos foram fiscalizados por agentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O metanol não é combustível veicular nem aditivo autorizado. Seu uso é restrito a ambientes industriais. A ANP permite apenas 0,5% da substância no etanol, por considerar que pequenas quantidades podem surgir durante o processo produtivo.

Um dos postos já havia sido citado na Operação Carbono Oculto, que investiga a infiltração da facção criminosa PCC no mercado de combustíveis — desde o transporte até a venda em postos.

Fábrica clandestina e mortes

A fiscalização faz parte do desdobramento da operação que desmantelou, na semana passada, uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas falsificadas em São Bernardo do Campo.

Na ocasião, uma mulher foi presa em flagrante por comandar a produção. Nesta nova fase, a polícia também investiga parentes da suspeita — o pai, o ex-marido e uma mulher ligada ao grupo — apontados como responsáveis pela distribuição das bebidas adulteradas.

De acordo com os investigadores, as bebidas produzidas pela quadrilha estão diretamente relacionadas a pelo menos três mortes: Claudio Baptista, internado após consumir a bebida em um bar na região da Saúde, e Ricardo Lopes Mira (54) e Marcos Antônio Jorge Júnior (46), que morreram após ingerirem o produto em um bar na Mooca, zona leste da capital.

A Polícia Civil também localizou o “garrafeiro”, responsável por fornecer as garrafas utilizadas na falsificação. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e o caminho de distribuição do produto.

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Por Meon, em Estado de São Paulo

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