O Hospital Municipal, mantido pela Prefeitura de São José dos Campos e gerenciado pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), encerrou 2022 com a captação de 50 órgãos para transplantes.
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A última do ano foi feita no dia de Natal. “Foram seis vidas salvas”, disse Zeine Santos Oliveira, mãe de Lucas Vicente, que não resistiu a um atropelamento em São José, aos 26 anos.
“Acho que meu filho é um herói e isso me dá muito conforto. Foi uma demonstração de amor à vida, independente de quem tenha recebido o que foi doado”, afirmou. Segundo ela, desde a adolescência o filho já manifestava desejo de ser doador de órgãos.
“A captação de órgãos para transplantes é um processo totalmente seguro e só pode ser feito com a concordância da família do doador. É importante que as pessoas manifestem esse desejo em vida com os familiares”, afirmou o neurocirurgião Rogério Xavier, coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Transplantes do HM.
Balanço
Em 2022, foram captados no Hospital Municipal 20 rins, 16 córneas, 9 fígados, 2 corações, 1 músculo e 2 tendões. Nos últimos quatro anos, o HM captou 206 órgãos para transplante.
O trabalho começa dentro da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), na identificação de possíveis doadores após a constatação da morte encefálica do paciente.
A partir daí a família é abordada, respeitando o momento do luto. Com a concordância da família, o HM notifica a Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas, que aciona a equipe médica responsável pela captação. Córnea, fígado, rim e coração são os órgãos mais captados no Hospital Municipal.
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