Em meio à crescente fragmentação geopolítica, o bloco BRICS — formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — consolida sua expansão e seu papel estratégico como contraponto às instituições lideradas pelo Ocidente. Com a entrada de países como Irã, Egito e Emirados Árabes Unidos, o grupo aumenta seu peso global e aprofunda tensões com os Estados Unidos.
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Criado em 2009 com o objetivo de representar as maiores economias emergentes do mundo, o BRICS se estruturou como uma alternativa às potências tradicionais que comandam organismos multilaterais como FMI, Banco Mundial e ONU. Com a entrada de novos membros em 2024, o grupo passou a reunir economias com interesses diversos, mas com um ponto em comum: o desejo de reformular a ordem global.
A sigla BRICS agora congrega países que representam cerca de 40% da população mundial e aproximadamente 37% do PIB global. Entre suas principais iniciativas estão o Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2014, e propostas de uso de moedas locais nas trocas comerciais para reduzir a dependência do dólar — estratégia que reacende o debate sobre a chamada desdolarização da economia global.
Apesar de não se declarar um bloco “antiocidental”, a presença de países como China, Rússia e Irã — frequentemente posicionados contra os interesses geopolíticos dos Estados Unidos — tem alimentado essa percepção. A retórica adotada por líderes como Vladimir Putin, que defende o fim da globalização “nos moldes ocidentais”, reforça a ideia de que o BRICS busca moldar um novo centro de poder global.
Em 2024, o atual secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, chegou a classificar o BRICS como uma ameaça à segurança e aos valores do Ocidente, em artigo publicado nos EUA. Já o ex-presidente Donald Trump declarou recentemente que imporia tarifas extras a países que “se alinhassem com políticas antiamericanas” promovidas pelo bloco.
Por outro lado, os membros do BRICS defendem que sua atuação tem foco no desenvolvimento sustentável, em um comércio mais equitativo e na ampliação da representação dos países do Sul Global nas decisões internacionais — e não em confrontos diretos com o Ocidente.
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A expansão e consolidação do BRICS revelam o surgimento de uma nova arquitetura internacional mais dispersa e contestada. Ainda que não haja consenso interno para uma ação coordenada entre seus membros — que possuem regimes políticos distintos e interesses conflitantes —, o bloco representa uma força simbólica de peso em tempos de instabilidade global. A disputa não é apenas por espaço geopolítico, mas por protagonismo na definição das regras do século XXI.
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