Mundo

Trump volta a defender controle dos EUA sobre Gaza

Ele propôs transformar região em “zona de liberdade"

Escrito por Meon

15 MAI 2025 - 18H00

reprodução

Em passagem pelo Catar, durante sua viagem pelo Oriente Médio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender, nesta quinta-feira (15), o desejo de assumir o controle sobre a Faixa de Gaza. A proposta foi prontamente rejeitada pelo Hamas, que afirmou que o território “não está à venda”.

Receba as notícias do dia - clique AQUI para seguir o canal MEON no whatsapp !

Trump afirmou que pretende transformar Gaza em uma “zona de liberdade”, justificando que, após 19 meses de guerra, não restaria mais nada a ser salvo no território. “Quero ver (Gaza) uma zona de liberdade. E se for necessário, acho que ficaria orgulhoso se os Estados Unidos a tivessem, a conquistassem e a tornassem uma zona de liberdade. Que coisas boas aconteçam”, disse o presidente a empresários do Catar, segundo a Reuters.

O Hamas respondeu com veemência, classificando a fala como inaceitável. “Gaza é parte integrante do território palestino - não é um imóvel à venda no mercado aberto. Permanecemos firmemente comprometidos com nossa terra e nossa causa nacional”, declarou Basem Naim, membro do Bureau político do Hamas.

Receba as notícias do dia - clique AQUI

Trump já havia sugerido, em fevereiro, transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio”, ideia que foi amplamente criticada por líderes palestinos, árabes, ocidentais e pela ONU, por configurar uma tentativa de limpeza étnica.

O Hamas afirmou ainda que Trump não conseguirá promover a paz mundial enquanto persistirem a guerra e o genocídio em Gaza. O grupo reiterou a defesa da resistência como caminho legítimo de libertação e reforçou que apenas o povo palestino tem o direito de decidir seu futuro.

O conflito em Gaza se intensificou após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1,2 mil mortos em Israel. Desde então, Israel lançou uma ofensiva militar que já resultou em mais de 54 mil mortes de palestinos, segundo autoridades locais.

Israel condiciona o fim das operações à destruição do Hamas e à libertação dos reféns. No início de maio, Tel Aviv aprovou um plano para conquistar e permanecer em Gaza, o que especialistas veem como tentativa de anexação do território.

Leia mais notícias do Mundo

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Meon, em Mundo

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.