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8 de março: Dia da Mulher e suas reflexões

Portal Meon conversou com mulheres fortes e que lutam por dias melhores na RMVale

Escrito por Meon

08 MAR 2021 - 09H08 (Atualizada em 08 MAR 2021 - 10H24)

Julia Lopes/Meon

No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher, data que marca a luta feminina pela igualdade de direitos e melhores condições de trabalho. Diferente das datas comerciais, o 8 de março nasceu das lutas sociais de mulheres no século 20.

No Brasil, essa data se originou de um incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911, na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, destes 125 eram mulheres. Esse fato trouxe à tona as más condições de trabalho enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial. Na época, elas não tinham direito algum, trabalhavam 16 horas por dia e tinham condições de trabalhos bem piores do que a dos homens.

Contudo, o dia da mulher só foi oficializado em 1975, ano que a ONU intitulou de Ano Internacional da Mulher para lembrar suas conquistas políticas e sociais.

Para comemorar essa data e mostrar a forças das mulheres da RMVale, o Portal Meon conversou com mulheres fortes, batalhadoras e que são essenciais na sociedade, e tem tido um papel importante neste período de pandemia. São elas: professoras, empreendedoras e enfermeiras.

Julia Lopes/Meon
Julia Lopes/Meon


A enfermeira da Santa Casa de São José dos Campos, Jamila Ribeiro, de 40 anos, atua na profissão há 18 anos e se diz apaixonada pelo cuidar, contou ao Portal que a enfermagem não era sua primeira opção de curso anos atrás, mas hoje diz que “após 18 anos, me sinto realizada, certa de que fiz a melhor escolha, amo ser enfermeira”.

Jamila relata que o Dia da Mulher não deveria ser representado por apenas um dia, mas por todos os dias, pois as mulheres enfrentam desafios diários e que sempre conseguem se sair bem em todos. “As nossas conquistas diárias deveriam ser vistas com olhos de admiração, por todos que nos cercam e celebradas de forma igualitária. Devemos ser notadas perante a sociedade com os mesmos valores que os homens, nada temos de diferente deles, pelo contrário podemos até sermos melhores em nosso campo de atuação, esse reconhecimento deveria se iniciar deles”, ressalta a enfermeira.

Por fim, Jamila conclui desejando as mulheres amor e felicidade em todas as áreas da vida nesse dia especial e conclui dizendo “Acredite em você! ”.

Julia Lopes/Meon
Julia Lopes/Meon


A professora e mantenedora da Escola Ceimas (@escolaceimasoficial), Sirlene Lopes, de 52 anos, conta que se encontrou na pedagogia e é apaixonada pela profissão. Aos 14 anos, seu primeiro emprego foi como auxiliar de sala, ela achava um encanto ser professora e só depois de muitos anos e diversas profissões ela resolveu seguir na carreira.

No dia da mulher, Sirlene diz que o sentimento é de luta, “o patriarcado está aí esfregando na nossa cara que a luta é diária e que não devemos nos calar”. A professora ressalta que a justiça continua muito falha quando se diz em abuso contra as mulheres e feminicídio, e que mesmo com provas, os abusadores continuam impunes e com penas simbólicas.

“Desejo a todas as mulheres força, coragem e persistência para seguir nessa sociedade machista que vivemos! E acreditem nos seus sonhos, eu estou (apesar desse momento incerto e triste) vivendo uma fase maravilhosa na minha vida”, disse a professora.

Julia Lopes/Meon
Julia Lopes/Meon


A dona da empresa de fotografia Reapaixonando (@reapaixonando), Gabrielle Magalhães, de 21 anos, que começou a fotografar com apenas 14 anos, disse que iniciou a carreira com a ideia de fugir do mundo dos escritórios e poder ser a própria chefe, além de ter liberdade financeira e geográfica. “Descobri que eu podia ser tudo que eu quisesse, desde que eu me dedicasse o suficiente para isso”.

Sobre o dia das mulheres, a jovem empreendedora, acha um dia bonito, mas não suficiente. “Uma flor não resolve o machismo enraizado na nossa sociedade, mas também sei que mudar essa realidade não é fácil e muito menos rápido. Para esse dia das mulheres, eu gostaria de muito mais respeito, e principalmente, que minhas capacidades não fossem questionadas só pelo fato de ser mulher” ressalta Gabrielle.

A fotógrafa deseja a todas as mulheres liberdade! “Acho que é o que as mulheres mais precisam hoje em dia, liberdade para serem tudo aquilo que quiserem”, concluiu.

Feminicídio e desigualdade

Apesar de ser um dia para celebrar, o dia 8 de março nos lembra que a sociedade precisa mudar muito no que diz respeito à vida e os direitos das mulheres.

Os casos de feminicídio no Brasil cresceram 1,9% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. No total, foram 648 mulheres assassinadas por causa do gênero nos primeiros seis meses do ano passado. Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em outubro de 2020.

Além disso, no que diz respeito aos salários das mulheres comparado com ao dos homens, fica claro a desigualdade de gênero. Segundo dados do IBGE, em 2019, salário médio da mulher foi 22% menor que o do homem no Brasil, ou seja, O valor corresponde a 77,7% da remuneração ofertada aos homens no mesmo período.

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