Por Meon Em RMVale

Adolescente morto pela PM após perseguição em São José não atirou contra policiais, diz ouvidor

Adolescente foi morto por um policial após participar de um roubo de carro

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A Ouvidoria solicitou a recostituição do caso

Reprodução

O relatório da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo apontou ser “sem resistência e sem confronto armado” a morte do garoto, de 12 anos, assassinado por um policial militar após uma perseguição na zona sul de São José dos Campos. A corregedoria da PM está investigando o caso e os policiais envolvidos foram afastados do cargo.

No dia 6 de setembro, o adolescente e mais quatro jovens roubaram um carro e fugiram da polícia. A perseguição acabou dentro de um parque de diversões após a PM efetuar disparos e atingir o garoto.

De acordo com o ouvidor de polícia Benedito Domingos Mariano, os laudos excluiriam o fato de que o menino teria atirado contra os policiais. A reconstituição do caso foi solicitada.

“O fato é que os laudos apontam que ele não atirou e que há indícios de morte sem resistência. O primeiro tiro foi na parte de trás do braço. Já o segundo tiro, o laudo indica que foi de cima pra baixo. Solicitei reconstituição da ocorrência”, disse Benedito.

Ainda segundo o ouvidor, a mãe reconheceu que o filho era dependente químico e chegou a interna-lo em uma clínica de reabilitação em Pouso Alegre (MG). Ela também denunciou em data anterior, que que o autor dos disparos, um cabo da PM, teria mandado ela comprar um caixão para o filho dias antes do fato. A corregedoria da PM está investigando o caso e os policiais envolvidos foram afastados do cargo.

     

Entenda o Caso

      
O adolescente de 12 anos foi morto com três tiros após uma perseguição policial que acabou dentro de um parque de diversões. 
De acordo com a PM, o garoto e mais três adolescentes roubaram um carro, por volta das 17h30 da sexta-feira passada, após ameaçar a motorista com uma arma.

Por volta das 22h, o grupo teria passado em alta velocidade perto de uma viatura da PM, que teria constatado que a placa era de um carro roubado e iniciado a perseguição. Os garotos invadiram um parque de diversões e só pararam depois que bateram o veículo na grade de um brinquedo. A partir deste momento até a morte do menino, há diferentes versões do caso.

Inicialmente, a PM divulgou que teria ocorrido uma troca de tiros com um dos adolescentes. Porém, de acordo com o comandante da PM na RMVale, coronel José Eduardo Stanelis, o adolescente teria ameaçado atirar, mas foi atingido antes pelo policial. Segundo ele, os PMs agiram de acordo com os protocolos de segurança.

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