Vista aérea do Bosque da Tívoli, em São José dos Campos
Arquivo
A Câmara de São José dos Campos derrubou, nesta quinta-feira (28), a emenda que previa destinar verba de R$ 4 milhões paraa criação de um parque municipal no bosque da avenida Tívoli, na região central da cidade.
Cinco vereadores retiraram a assinatura da emenda durante a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que foi marcada pela polêmica e ficou travada durante alguns minutos.
A emenda, que contava com a assinatura de 11 vereadores, foi criada para destinar a verba para a criação de um parque municipal no local. A área verde ocupa 8,4 mil metros quadrados e abriga 430 árvores. O Grupo Marcondes Cesar, proprietário do terreno, pretende construir um estacionamento. A obra foi embargada pela Justiça.
A justificativa para a derrubada da emenda é de que o valor que seria repassado para a criação do parque estaria incompatível com o Plano Plurianual de 2018 a 2021. Os vereadores Sérgio Camargo (PSDB), Cyborg (PV), Fernando Petiti (MDB), Lino Bispo (PR) e Calasans Camargo (PRP) retiraram as assinaturas durante a votação da LDO na manhã desta quinta-feira.
"Nós recebemos um aviso do departamento jurídico da Câmara dizendo que o parecer não era favorável à essa emenda porque não seria só a compra do parque, mas também a manutenção dele e isso não está previsto no Plano Plurianual e poderia cair no crime de responsabilidade fiscal. Então achamos melhor tirar, por uma questão técnica", afirmou o vereador Sérgio Camargo que retirou a assinatura da emenda.
Para o vereador Lino Bispo, que também retirou a assinatura da emenda, a luta a favor da área é legítima, mas o valor disponibilizado seria prejudicial à prefeitura.
“Quando eu assinei a emenda, eu concordei com a luta da comunidade, mas o parecer foi desfavorável porque o custo seria difícil para o prefeito assumir. Porque não seria só a desapropriação, mas sim toda a estrutura de um parque. O impacto disso traria uma situação desconfortável”, afirmou Bispo.
“No que depender de lei para restringir o corte dessas árvores eu sou favorável, mas a desapropriação da área é complicada para o município”, concluiu o vereador.
Revolta
Para Andrea Luswarghi, uma das coordenadoras do Movimento Somos Parque Betânia, a decisão foi uma manobra da bancada governista. “Agora vamos ter uma reunião com o prefeito e esperamos que ele entenda a situação. Vamos levar todas as assinaturas que colhemos até agora para a criação do parque e levar até ele”, afirmou.
Segundo Andrea, o grupo coletou cerca de 25 mil assinaturas e também conseguiu apoio da igreja católica. “Com isso, nós podemos chegar a 50 mil assinaturas”, disse.
A reunião entre os membros do Movimento Somos Parque Betânia e a prefeitura está prevista para acontecer entre os dias 11 e 13 de julho.
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