O candidato do PCdoB à prefeitura de São José dos Campos, João Bosco, foi o segundo sabatinado da tarde desta quarta-feira (7). O postulante justificou que todos têm o direito de ir e vir e, por isso, o cidadão deve ter transporte coletivo gratuito. Contudo, ele não apresentou argumentos suficientes sobre de onde virá à renda para custear as propostas.
Questionado sobre o financiamento para bancar o subsídio, ele disse que o “fundo municipal de transporte vai ser abastecido com os recursos oriundos de propaganda dos ônibus, propagandas nos pontos de ônibus e com recursos das multas de trânsito. E se necessário suplementar com recursos próprios”. Em discussão ainda sobre os recursos financeiros, Bosco disse: “Quando a gente tiver na prefeitura, a gente vai ter acesso a todas as informações e eu vou ter condições de te dar, em tempo real, as possibilidades da realidade que vamos encontrar da economia e das finanças da prefeitura”.
João Bosco foi sabatinado durante o evento “São José Debate” realizado pela ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José dos Campos. Eliane Maia, presidente da associação, abriu a série de perguntas ao candidato. Ela o questionou sobre propostas para revitalizar o centro do município. Bosco criticou a postura do atual governo e disse que o prefeito em exercício maltrata os comerciantes da cidade. “Parece que ele [Felicio Ramuth] quer expulsar os consumidores do centro”, afirmou. A principal proposta de seu governo para a região central é criar facilidade para o consumidor estacionar veículos. “Um dos problemas que a gente tem que resolver é mudar a lei de zoneamento daqui do centro da cidade pra possibilitar a implantação de estacionamentos verticais. Prédios onde as pessoas possam chegar com facilidade e estacionar seus veículos”, contou.
Moradia e habitação foram uma das bandeiras levantada pelo candidato do PCdoB, que disse que vai criar uma secretaria especial para regularização de bairros e habitação. “Vamos criar uma secretaria de habitação e regularização fundiária, com técnicos, geógrafos, economistas e especialistas e, com debates com a sociedade, vamos encontrar meios e formas para resolver o problema”, destacou.
Bosco ressaltou o déficit habitacional de São José dos Campos. “Nós temos na prefeitura cerca de 2 mil pessoas inscritas no programa habitacional, mas o déficit é de 14 mil [...] Ainda temos problemas de bairros que não são considerados legais pela prefeitura. Todo cidadão da nossa cidade tem direito de abrigar a si e sua família”.
O candidato também foi questionado sobre a região do Banhado. “Área foi bastante abandonada nos últimos 30 anos pelos governos que passaram pela nossa cidade”, expressou. “Qualquer solução para o Banhado passa por um processo de negociação e uma conversa de entendimento com as famílias que lá já estão instaladas. Mas o Banhado pode ser objeto de alguma utilização”, complementou.
Assim como os outros candidatos sabatinados, Bosco foi convidado a avaliar a gestão federal, estadual e municipal. Para ele, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Prefeito Felicio Ramuth (PSDB) receberam nota zero. O governador João Doria (PSBD) recebeu a nota 3. “Ninguém passou de ano”, brincou.
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