Por Meon Em RMVale

Durante reconstituição, acusado diz que esfaqueou gestante em Paraibuna

Encenação do crime durou quatro horas; delegado ainda fará acareação

Delegado de Paraibuna, Raian Braga de Araújo

O delegado Raian de Araújo deverá fazer acareação entre os quatro acusados to

Nome do fotógrafo

O assassinato da gestante Leila dos Santos, de 39 anos, foi reconstituído nesta segunda-feira pela Polícia Civil de Paraibuna. A reconstituição foi realizada das 13h às 17h, percorrendo todos os locais por onde os quatro acusados  passaram com a vítima nas horas nos momentos que anteceram o crime.

O corpo de Leila foi encontrado no dia 4 de julho às margens de uma estrada rural perto da represa de Paraibuna. Ela foi morta e teve o bebê arrancado do útero pelos criminosos. A criança foi resgata em uma favela em Duque de Caxias (RJ) no dia 14 de julho. 

O bebê estava com Maria Terezinha Generoso, de 33 anos, e seu namorado Nicolas Lopes Caetano, de 21. Também foram presos Noel Felipe Pereira Medeiros, de 18 anos, e Mara Rúbia Barbosa, de 39. As duas mulheres estão presas na cadeia de Santa Branca; os homens, na cadeia de Jacareí.

Os quatro acusados fizeram a reconstituição do crime separadamente.

"O Nicolas assumiu que matou a gestante com uma facada no pescoço e que realizou o parto", disse o delegado Raian Braga de Araújo. No entanto, a polícia ainda tem dúvidas com relação ao papel de cada um dos acusados no crime.

Segundo o delegado, o inquérito deve ser concluído até o início de agosto e encaminhado à Justiça.

Cronologia do Caso

4 de julho-  quarta-feira 

14h - Polícia Militar recebe a ligação de funcionários da balsa da represa de Paraibuna avisando ter encontrado um corpo.

15h - A equipe policial chega ao local e identifica o corpo sendo de uma mulher negra. A vítima vestia roupas comuns e estava com o corpo e rosto queimados. Ao lado do corpo foram encontrados um cordão umbilical e uma placenta.

16h – Equipe de investigação criminal chega ao local do crime. Provas foram recolhidas e é constatado que a vítima estava com a barriga dilacerada e teria passado por uma cesariana no local. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Jacareí e identificado como Leila dos Santos, 39 anos, sem residência fixa.

5 de julho - quinta-feira

10h - Durante a investigação do caso, funcionários do cartório de registro civil entram em contato com a Polícia Militar e informam que uma mulher havia tentado registrar um recém-nascido sem documentação. A PM foi informada que a criança teria nascido em uma casa na zona rural da cidade próximo à Salesópolis, a 47 km de distância do centro de Paraibuna. No local nenhum vizinho reconheceu os suspeitos pelas imagens fornecidas pela polícia.

11 de julho - quarta-feira 

15h – Polícia Civil decreta a prisão preventiva da suposta mãe e do homem que a acompanhou ao cartório. A dupla está foragida e permanece sendo procurada pela policia.

12 de julho - quinta-feira

Família reconhece o corpo da vítima e polícia procura por suspeitos. 

13 de julho – sexta-feira

11h30 - Corpo da vítima é sepultado no Cemitério Colônia Paraíso no Jardim Morumbi em São José dos Campos.


14 de julho - sábado 

7h - Bebê de gestante morta em Paraibuna é localizado no Rio. Os suspeitos Maria Terezinha Generoso Rodrigues Vieira e Nicolas Lopes são presos.

20h - Casal é trazido de Duque de Caxias (RJ) pela Polícia Civil de Paraibuna para a região. A mulher ficará presa em Santa Branca e o homem, em Jacareí. O bebê permanecerá internado no Rio por um período de dez dias.


15 de julho - domingo

A Polícia Civil identifica pelo menos mais dois suspeitos de envolvimento na morte da gestante Leila dos Santos. Nicolas presta depoimento ao delegado Raian Braga de Araújo por cerca de cinco horas. Ele teria confessado envolvimento no crime, mas negou intenção de matar Leila.


16 de julho - segunda-feira 

Justiça decreta prisão Noel Felipe Pereira Medeiros, de 18 anos, e Mara Rúbia Barbosa, de 39.

17 de julho - terça-feira 

Felipe e Mara são presos e prestam depoimento. Segundo a polícia, eles confirmam participação no crime, mas alegam que não mataram Leila. 

30 de julho - Segunda-feira 

Polícia faz reconstituição do crime e tem a confirmação que Nicolas deu a facada e fez o parto improvisado. Como ainda há dúvidas sobre o papel de cada um dos quatro acusados no crime, a polícia deverá fazer acareação entre os quatro acusados em data a ser agendada.

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