Por Elaine Rodrigues Em RMVale

Em 18 anos, projeto salva 134 bebês do HIV em São Sebastião

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Programa protege bebês da transmissão do HIV durante o parto

Divulgação

São Sebastião comemora um dado muito importante para a saúde. Desde 1996, o programa DST/AIDS do Centro Municipal de Infectologia não registra um episódio de contaminação em bebês filhos de mãe soropositvas. Com o cuidado certo, a cidade conseguiu proteger 134 bebês do HIV na chamada contaminação transversal.

“Hoje em dia, a mãe, com o que chamamos de carga viral zerada, e com um acompanhamento adequado e tomando a medicação desde o início da gestação pode até ter o bebê pelo parto normal. Há alguns anos isso não era permitido”, afirma Leda Nicolau, coordenadora do programa DST/AIDS de São Sebastião.

A especialista explica que a transmissão vertical, onde o vírus pode ser transmitido pela mãe para o bebê, acontece em dois momentos: durante o parto ou no período de amamentação. Para evitar o risco, a gestante precisa realizar o tratamento correto feito com o uso de medicação, o que reduz os riscos para o recém-nascido.

Já a amamentação, segundo Leda, é proibida para as mulheres portadoras do HIV. "Por conta disso, fornecemos o leite artificial para os seis primeiros meses de vida do bebê e em casos avaliados pelo setor de assistência social o acompanhamento com leite e alimentação pode chegar até a criança completar um ano", conclui.

Região
O trabalho de prevenção e atendimento especializado no parto de mães portadoras de HIV tem reduzido na RMVale. Foram registrados três infecções durante o parto em 2010, três em 2011 e apenas uma em 2012. Em 2013 e 2014 não houve registros.

A Secretaria Estadual de Saúde lançou neste mês em São Paulo uma rede inédita de combate à Aids com o objetivo de reduzir o diagnóstico tardio e mortalidade por Aids, aumentar a população testada, eliminar a transmissão vertical de mãe para filho, aprimorar a assistência integral e qualificar ações de prevenção.

Segundo a pasta, serão investidos R$ 30 milhões ao ano, dos quais R$ 20 milhões vão direto para as prefeituras para fortalecer a rede ambulatorial e R$ 10 milhões serão destinados à realização de campanhas de conscientização.

O programa, que começa a operar neste semestre, atua em três frentes de ação: qualificação do atendimento realizado pela rede básica nas cidades, fortalecimento dos Serviços de Atenção Especializada em HIV/Aids e reorganização da atenção hospitalar, com capacitação dos profissionais de saúde, materiais informativos, testes sorológica, incluindo exames rápidos para gestantes em pré-natal e tratamento de outras importantes DSTs, como a sífilis.

“Trata-se de um programa de amplitude total, com objetivo de envolver a atenção básica dos 645 municípios, os 200 Serviços de Atenção Especialidade e a rede hospitalar para prevenção, o diagnóstico precoce e a assistência integral ao paciente com HIV/Aids”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

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