Segregação é necessária para a operação da Boeing Brasil-Commercial
Reprodução/SindMetal
Os funcionários da Embraer iniciam nesta sexta-feira (20) o recesso de fim de ano e só retomam os trabalhos em 21 de janeiro de 2020. Diferente de anos anteriores, desta vez, o período de afastamento será maior porque vai emendar com as férias coletivas para segregação da empresa. A fabricante de aeronaves inicia o próximo ano já com a separação dos setores de aviação comercial e aviação executiva e novos negócios, para o futuro funcionamento da Boeing Brasil-Commercial.
A segregação da montadora será como um ‘preparo’ para o início das atividades da nova companhia, que terá 80% de controle sobre a aviação comercial da Embraer. A fusão entre as duas empresas foi formalizada em janeiro, mas a operação da joint venture depende ainda da aprovação de órgãos reguladores internacionais, mais especificamente da União Européia que, de acordo com a Embraer, disse que se posicionaria até março do próximo ano. Até o momento, a companhia já teve parecer favoravel dos Estados Unidos, Japão e China.
Segundo a fabricante de aeronaves brasileira, o processo transitório consiste na troca de todo o software da empresa, que hoje é unificado, para um sistema separado para cada segmento. Essa execução já vinha sendo feita ao longo do ano e a partir do dia 21 de janeiro será a ‘troca de chave’, conforme informou a Embraer. Até que a aprovação da nova empresa aconteça, a brasileira continuará com o controle total de suas operações.
Sobre o remanejamento de funcionários, a Embraer não precisou em números mas disse que desde agosto os trabalhadores já começaram a ser redistribuídos a outras unidades da empresa no país, como em Gavião Peixoto e na planta de Eugênio de Melo, em São José dos Campos.
A fabricante destacou ainda que no decorrer deste ano contratou 2.000 pessoas para a preparação da nova companhia em parceria com a Boeing e que foram aplicados cerca de US$ 30 milhões em investimentos na expansão da unidade de Eugênio de Melo, que vai aumentar sua capacidade de 1.500 para até 4.000 funcionários.
Com a passagem de comando para a norte-americana, a Embraer continuará a produzir jatos executivos e aviões para a área de defesa, como cargueiro KC-390, em sua fábrica em Gavião Peixoto, e investindo em novos negócios, como tecnologia espacial e carros voadores.
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