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Família denuncia falta de remédios de alto custo para criança com paralisia cerebral em Jacareí

Os medicamentos são para o tratamento de epilepsia e custam cerca de R$ 1.500 por mês

Escrito por Samuel Strazzer

17 MAI 2021 - 17H01 (Atualizada em 17 MAI 2021 - 17H29)

Arquivo Pessoal / Juliano Portes

Uma família de Jacareí denuncia a interrupção no fornecimento de medicamentos de alto custo para uma menina de 5 anos com paralisia cerebral. São dois remédios para o tratamento de epilepsia, um deles foi suspenso em abril e o outro em maio.

A paciente em questão é Cecília Portes. O pai, Juliano Portes, conta que a filha toma quatro medicamentos de alto custo fornecidos pelo Governo do Estado. Três desses são retirados na cidade de Jacareí sendo que um parou de ser fornecido em abril.

Em relação ao quarto medicamento, o pai precisa ir até ao DRS (Departamento Regional de Saúde) de Taubaté para fazer a retirada. No último dia 13 de maio, Juliano foi até o departamento, mas o remédio estava em falta.

Segundo o pai, os dois medicamentos em falta – Oxcarbazepina 60mg/ml e Levetiracetam 100 mg/ml – custam juntos R$ 1.500 por mês. Outro problema é que Juliano precisa ir buscar um dos remédios em Taubaté, que fica a quase 60 quilômetros de Jacareí.

“O medicamento Etira [Levetiracetam] é retirado na cidade de Jacareí já o Oxcarbazepina é retirado em Taubaté e não sei o motivo para tal. [...] Esses medicamentos foram conseguidos através de processos comuns no município, mas muitos pais só conseguem os medicamentos com ordem judicial”, relata o pai.

Juliano tem contato com pais de outras crianças PCD’s (Pessoa Com Deficiência) e afirma que outras pessoas também estão com problemas para a retirada de medicamentos.

Questionado, o Governo do Estado de São Paulo afirmou que o medicamento Levitiracetam está em faze de distribuição. Já o “Oxacarbamazepina é adquirido para atendimento à solicitação administrativa individualizada e está em fase de aquisição. O fornecedor será cobrado para agilizar a entrega”.

Sobre a necessidade de ter que buscar o medicamento na DRS de Taubaté, o Estado disse que “a família pode verificar junto à Prefeitura de sua cidade a possibilidade de retirada para entrega no próprio município de residência”.

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Por Samuel Strazzer, em RMVale

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