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GM propõe PDV e fim da estabilidade por lesão em São José

Preocupação do sindicato é o risco de demissões em massa

Escrito por Meon

02 JUN 2025 - 19H42 (Atualizada em 03 JUN 2025 - 11H59)

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A General Motors anunciou um novo Plano de Demissão Voluntária (PDV) na unidade de São José dos Campos. Além disso, a empresa propôs que os trabalhadores abram mão da cláusula que garante estabilidade no emprego em caso de lesão, oferecendo uma indenização em troca.

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A proposta foi comunicada em um informativo interno, onde a GM afirma que não houve acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, mas que essa é a oferta final. O prazo para que os trabalhadores decidam é até o dia 3 de junho.

Segundo a empresa, a aprovação do acordo é fundamental para reduzir riscos operacionais e garantir novos projetos na planta. Caso não seja aprovada, a montadora afirma que ficará sem alternativas.

O Sindicato dos Metalúrgicos apoia a abertura do PDV, mas é totalmente contra a retirada da cláusula de estabilidade para trabalhadores que sofrerem lesões. “Isso cria insegurança jurídica, porque não existe respaldo legal no Brasil para esse tipo de acordo”, explicou Renato Almeida, secretário-geral do sindicato.

Entenda a proposta da GM:

Para trabalhadores SEM lesões, admitidos até 1º de março de 2019:

Indenização: 40% do salário por ano trabalhado (limitado até 55 anos ou aposentadoria).

No PDV:

7 salários;

Um Onix Hatch 1.0 (motor aspirado, sem opção de cor) ou R$ 85 mil;

24 meses de convênio médico ou R$ 48 mil em dinheiro.

Cada adesão garante a efetivação de um trabalhador temporário.

Meta da empresa:

Se 520 funcionários sem lesão aderirem até 9 de junho, a GM abre um PDV para os trabalhadores lesionados e renova contratos temporários por mais 12 meses.

O sindicato apresentou uma contraproposta, sugerindo estabilidade de 36 meses para os trabalhadores, mas a GM rejeitou.

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Uma nova reunião deve definir a data da assembleia que irá colocar a proposta em votação. A maior preocupação do sindicato é o risco de demissões em massa e a piora nas condições de trabalho. “A empresa quer reduzir os salários antigos e manter uma tabela mais baixa para os novos”, alertou Renato Almeida.

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