Sem incluir o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e órgãos ambientais, o governo federal instituiu a Câmara Consultiva Temática para qualificar os dados de desmatamento e incêndios, a fim de diferenciar crimes ambientais de outras atividades. Servidores do instituto protestaram nesta manhã de terça-feira (7), em frente ao órgão, contra a medida publicada no Diário Oficial da União da semana passada.
“Como de outras vezes, essa tentativa de excluir o Inpe do monitoramento de queimadas e do desmatamento na Amazônia não foi por falta de competência de nosso instituto, mas por nosso trabalho sério e qualificado mostrar ao mundo verdades inconvenientes”, diz nota do sindicato que representa os servidores do Inpe. O órgão vem sofrendo cortes no orçamento há ao menos cinco anos.
Os especialistas temem que os dados sejam sem divulgados com alterações ou tenham a credibilidade questionada, já que não há especialista do instituto para avaliá-los ou esclarecê-los.
Embora conste no documento que a câmara se baseará nos dados dos programas e projetos de monitoramento ambiental coordenados pelo MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), o grupo exclui técnicos do Inpe, que é vinculado ao MCTI, e do próprio ministério.
A Câmara Consultiva Temática será composta por representantes dos seguintes ministérios: Meio Ambiente, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Defesa, Economia e, por fim, Justiça e Segurança Pública. O grupo poderá convidar especialistas, representantes de órgãos e entidades públicas, do setor privado e da sociedade civil para reuniões específicas, mas não terão direito a voto.
“A comunidade científica nacional e no exterior se posiciona para denunciar mais este absurdo.”
O Portal Meon questionou o Ministério do Meio Ambiente sobre a medida e aguarda resposta.
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