Colorir o cabelo é uma pratica comum há um bom tempo. Não importa o gênero, seja homem ou mulher, muitas pessoas buscam esse recurso da beleza para dar um glow no visual. Contudo, alguns cuidados devem ser tomados para que o procedimento não gere um trauma ao invés de aumentar a autoestima. A hairstylist Juliana Luz, de 33 anos, especialista em colorimetria, explica e dá dicas sobre pintar os cabelos.
A colorimetria capilar é um estudo sobre as cores primárias dos cabelos, suas tonalidades e nuances.
“Determinamos as cores pelo fundo de clareamento, coloração e descoloração. Existem as cores primárias, secundárias, terciárias e neutras. E também as cores fantasias, que são cores que não estão dentro da paleta de tons naturais”, explica Juliana.
A hairstylist explica que algumas cores são mais fáceis de alcançar, mas outras precisam de procedimentos mais delicados. Em qualquer situação, o ideal é procurar um profissional.
“Muita gente prefere fazer o trabalho em casa, mas não fica tão bom quanto um profissional fazendo. Fazemos algo mais detalhado, mechinha por mechinha, com mais cuidado. Quando a pessoa usa tons mais escuros, por exemplo, do número um ao três, ela até consegue pintar em casa e não ver muita diferença, mas no salão com toda certeza fica melhor. Com a pandemia, muitas pessoas começaram a fazer os cabelos em casa e, no salão, tivemos muita correção pra fazer. Nós só conseguimos fazer isso por conta dos nossos estudos”, conta Juliana.
Além de procurar um profissional, quem quiser colorir o cabelo ainda precisa se atentar ao estado dos fios. A química pode agredir o cabelo e, dependendo da situação, será necessária uma preparação.
“Nós, como profissionais, devemos sempre fazer, a princípio, um teste de mecha, principalmente pra descoloração, pra fazer loiro. Nesse teste de mecha você consegue ver o quão danificado esse fio está e se ele precisa ser tratado antes do próximo procedimento. É super, super, super necessário o teste de mecha antes de qualquer mudança de cor ou descoloração”, destaca a haistylist.
Outro fato a se atentar é que existem esses dois tipos de procedimento: a coloração e a descoloração. O primeiro procedimento se refere a aplicação de cor, geralmente as mais escuras, por cima dos fios. Já a segunda é usada para alcançar os tons claros como os loiros. Dependendo do tipo do cabelo, a aplicação do procedimento pode mudar.
“Falando de coloração, não tem diferença, você faz o mesmo procedimento no cabelo liso e ondulado, sem nenhum problema. Já pra descolorir, usamos técnicas diferentes. Por exemplo, eu prefiro usar uma técnica chamada freehand no cabelo cacheado, é uma técnica que você não deixa esse cabelo liso pra aplicar a cor. Quando você molda o cabelo já do jeito que a cliente usa, consegue visualizar exatamente como o trabalho vai estar no resultado final”, explica.
Juliana diz ainda que usa a mesma técnica para cortes. Os cabelos mais lisos são cortados molhados, já os ondulados e encaracolados são cortados a seco.
A transformação do visual não acaba quando o cliente sai do salão. É preciso tratar o cabelo depois de ter colorido. Cada tipo de cabelo, liso, encaracolado ou ondulado, precisa de um cuidado especial.
“Depois de qualquer tratamento químico, seja ele uma coloração ou descoloração, eu sempre indico tratamentos. Podem ser, sim, específicos, não só por conta do processo químico, mas específico pro tipo de cabelo e como ele está naquele momento pós coloração ou descoloração”, diz Juliana.
A profissional explica que, em relação a coloração, não é necessário um tratamento único para cabelos coloridos. Para esses, devem ser usados produtos voltados para cabelos com química. Contudo, os loiros precisam sim de produtos específicos logo após o procedimento.
“Quando a pessoa é loira, o blond, ela precisa de cuidados específicos para cabelos descoloridos. Por isso temos um nicho muito grande no mercado de cosméticos. Para cada tipo de cabelo com processos químicos, existem produtos específicos”, explica a hairstylist.
Se alguém pintou o cabelo em casa ou em um salão e algo deu errado, é necessário ter muito cuidado. Dependendo do procedimento ou do estado do cabelo, será mais difícil de corrigir.
“Suponhamos que ela [cliente] tenha passado um tom escuro e queira clarear. Não conseguiremos corrigir a coloração, porque coloração não clareia coloração. O procedimento que poderia ser feito é a limpeza de cor ou até mesmo descoloração, que é usar o pó descolorante, mas é uma química mais agressiva [...] precisamos saber se esse cabelo está saudável, se ele aguenta outra mudança e aí decidir o que vai ser feito”, explica Juliana.
Outra coisa que pode acontecer é o cliente não ter ficado satisfeito com o tom da coloração. Ele pode até ter aplicado a tinta da cor que queria, mas por algum motivo o resultado não sair como o esperado.
“O que pode acontecer é o cabelo ter oxidado. Por exemplo, ela [cliente] queria um loiro perolado e o cabeleireiro usou algo muito acinzentado. Então, esse cabelo vai precisa de mais tempo para despigmentar e aí sim corrigir o tom”, explica a hairstylist.
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