Por Samuel Strazzer Em RMVale Atualizada em 03 AGO 2020 - 13H02

Munícipes fazem manifestação em frente ao Fórum contra decisão da Justiça que barrou fase amarela em São José

Funcionários de academias, restaurantes, salões de beleza e catadores comentaram o caso



Empresários e funcionários dos setores de bares, restaurantes, academias de esporte e salões de beleza fizeram uma manifestação em frente ao Fórum de São José dos Campos na manhã desta segunda-feira (3). Eles protestam contra a decisão judicial que impediu a cidade de progredir para a fase amarela do Plano São Paulo, que permitiria a abertura desses setores.

A manifestação foi combinada pelas redes sociais por diversos empresários da cidade e teve a participação de aproximadamente 50 pessoas. Antônio Ferreira Junior, presidente do Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares) de São José e região, afirma que a categoria está decepcionada com a decisão do Governo do Estado de deixar a região na fase laranja e também com a Justiça que derrubou os decretos municipais.

“Nós temos sim uma ação pedindo para que a prefeitura tenha essa liberdade de fazer voltar o comércio, que ela coloque as regras e volte a funcionar [...] Há três semanas, nós entramos com uma ação pedindo uma liminar para que a prefeitura emitisse um decreto municipal regulamentando a nossa atividade. Essa liminar foi negada em primeira instância, mas vai ser discutido o mérito da ação”, disse Antônio.

Para o empresário do ramo de academias Diego David, a cidade de São José tem uma estrutura que já se demonstrou capaz de atender os infectados por Covid-19. Destacou também que a decisão judicial vai contra a atitude do prefeito que ajudaria a população da cidade. Para ele, as academias de esporte têm condições de operar em segurança durante a pandemia.

“Nas academias, as pessoas já tem um hábito, desde sempre, de levar sua toalha, cada um ter seu material e cuida de sua higiene. As academias tem sim condição de atender com segurança, fazer um atendimento personalizado de hora em hora. Eu atendo um aluno por hora, tenho um espaço de 50 m² para atender uma pessoa, porque eu não posso trabalhar?”, disse Diego.

A cabeleireira Jussiane Cunha afirma que, além de ser uma necessidade dos estabelecimentos, os salões de beleza também tem capacidade de funcionar com segurança.

“Os salões já se adequaram a tudo que foi pedido, o que a Justiça está fazendo é uma arbitrariedade. Nos salões a gente trabalha com luva, tem álcool em gel, tem toda a segurança necessária para atender os clientes de maneira segura com horário marcado, o que não causa aglomeração”, disse a cabeleireira.

O catador de recicláveis Flávio de Souza, 30 anos, não estava participando do ato, mas passou em frente ao Fórum no momento da manifestação. Ele afirma que o trabalho dele também foi impactado com o fechamento dos estabelecimentos. Para o reciclador, a gestão da cidade de São José é boa e os números da pandemia devem ser levados em conta na decisão de abrir ou não o comércio. 

“Os recicláveis caíram pelo menos 50%, porque as pessoas deixaram de consumir, pararam de sair. A minha renda depende das formas com que chegam o material. Se alguém não consumir latinha no restaurante, não vai ter latinha pra eu catar [...] Não sou a melhor pessoa para falar se tem que abrir ou não, isso os números que vão falar”, disse Flávio.

O Portal Meon entrou em contato com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e ainda aguarda retorno.

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