Fundada em março de 1925, a Tecelagem Parahyba é um dos importantes marcos do processo industrial em São José dos Campos. Para confirmar, pergunte a algum joseense “das antigas” se ele já teve ou ainda guarda um cobertor da Tecelagem Parahyba.
Atualmente, a área de fabricação é mantida pela Coopertêxtil, cooperativa dos antigos trabalhadores, que herdaram as instalações da fábrica.
A primeira unidade tinha galpões de seis mil metros quadrados; em julho de 1927, a produção mensal de cobertores já havia chegado aos 60 mil.
Nos anos 50, além de já ter conquistado prestígio internacional, a área de construção foi ampliada para 60 mil metros quadrados. Funcionando a todo vapor, a fábrica influenciou a sociedade, a economia e a história do município.
Após 70 anos à frente do mercado nacional de tecidos e fiação de lã, a tecelagem fechou suas portas em 1993. Grande parte das pessoas que trabalharam ali já faleceu, mas ainda encontramos personagens que testemunharam os últimos anos da fábrica. É o caso da pedagoga Raimunda Dias, que trabalhou no local por alguns meses, nos anos 80.
“Entrei na tecelagem em 1987, por indicação de uma amiga, para a vaga de fiadeira na seção onde eram enrolados os fios nos cones, antes que fossem para a seção de tecer os cobertores”, conta a pedagoga.
Segundo a antiga funcionária, a fabricação de cobertores era manual, com o auxílio de algumas máquinas. “A lã vinha para a fábrica bem rústica e ali era feito todo o processo. Era lavada, depois traçada para formar os cobertores e os panos para as roupas”, relembra.
“Eu gostava bastante de trabalhar lá. Acordava muito cedo, às 3h da manhã, para entrar às 5h”, continua.
A pedagoga puxa pela memória o tempo em que os trens que passavam pela atual Estação Central da RFFSA ainda transportavam pessoas, em vez de cargas. “Uma curiosidade é que esperávamos o trem passar para podermos entrar na portaria da fábrica, para começarmos a trabalhar. Nossa tecelagem é um marco para nossa região, que inovou e ajudou várias gerações a manterem a renda familiar”, conclui Dias.
Hoje, quem continua o legado da produção de cobertores é o grupo de antigos funcionários, representados pela Coopertêxtil. O espaço no bairro de Santana, zona norte de São José, tem muita história e memória, mesmo se reinventando para obter conquistas.
Exemplo de dinamismo e criatividade é o projeto Meias do Romeiro. Com tecnologia antibolhas, as meias são destinadas aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, que percorrem quilômetros a pé, durante as romarias. A fábrica continua com os cobertores, mas ampliou a oferta para edredons, lençóis, pijamas, tapetes e outros itens.
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