Um novo golpe envolvendo automóveis tem chamado a atenção de moradores da cidade nos últimos dias: criminosos simulam uma colisão leve, deixam recado com telefone e indicam oficinas “confiáveis” — mas, ao final, os valores cobrados são abusivos ou o serviço, nem sequer realizado.
Como o golpe ocorre
Segundo relatos de vítimas locais, o golpe segue um padrão:
- O golpista “bate” no carro estacionado da vítima (ou simula um dano leve) e, sem ser visto, deixa um bilhete no para-brisa dizendo algo como:
“Bati no seu carro, me ligue que vamos resolver. Fui embora para não atrapalhar."
- A vítima, ao retornar ao veículo e ver o recado, liga para o número deixado. O golpista diz que consertará e sugere levar o carro a uma oficina de sua “confiança” — muitas vezes uma oficina conhecida, ou com nome próximo a estabelecimentos legítimos.
- Quando a vítima leva o carro, é surpreendida com orçamentos abusivos, peças “descobertas” que supostamente foram danificadas no acidente ou serviços extras não autorizados.
- Em alguns casos, quando a vítima reclama, é indicada nova oficina — talvez mais cara — ou se exige pagamento imediato como condição para devolução do veículo.
- O desfecho real (se a vítima paga, se é extorquida, se o carro é retido) pode variar bastante.
Um caso parecido foi comunicado por amigos das vítimas: um carona teve o carro estacionado “atingido”, receberam o recado, ligado, seguiram para oficina indicada, depois outro endereço com preços indevidos. Um dos veículos era da esposa, outro deles, e ainda não há confirmação de como terminou.
Golpes semelhantes já documentados
Especialistas e registros policiais apontam que essa é uma variação recente de golpes automotivos já conhecidos. Alguns precedentes:
Oficinas que aplicam golpes: há casos em que oficinas cobram valores extremamente elevados por serviços não executados ou peças que não foram trocadas. Exemplo: uma oficina foi presa após tentar cobrar R$ 17 mil por troca de pneus que não foram feitos.
Golpe do falso “defeito” no carro: golpistas provocam falhas simples (soltam algum cabo, fazem barulho, etc.) e alertam o motorista, oferecendo “ajuda” e indicando um mecânico, que acaba cobrando caro por conserto desnecessário.
Cobranças extras não autorizadas: clientes que vão a oficinas para serviços simples (troca de pneus, alinhamento) denunciam que, depois, são informados que “outras peças” ou “serviços urgentes” precisam ser feitos, com cobrança adicional abusiva.
Golpe da batida seguido de sequestro: há casos extremos em que, após simular batida, criminosos abordam o motorista pessoalmente, rendem ou sequestram as vítimas. Um casal de idosos caiu nesse tipo de emboscada na BR‑060.
Por que esse golpe “funciona”
Pressão emocional: ao ver um recado de “bateu e fugiu”, muitos motoristas ficam ansiosos para resolver logo, sem checar com calma.
Uso de oficinas conhecidas ou referenciadas: ao indicar uma oficina “de confiança”, os golpistas baixam a guarda da vítima.
Desconhecimento técnico: a maioria dos motoristas não sabe identificar peças ou serviços supérfluos.
Medo de represália ou dano ao carro: receio de que o carro não seja devolvido ou sofra mais danos.
Dificuldade de prova: muitas vezes não há câmeras nem testemunhas, dificultando comprovar a fraude.
Como se proteger — orientações para motoristas
1. Não entrar em contato antes de avaliar
Ao encontrar um recado, procure primeiro observar o carro (dano, marcas de tinta) e tirar fotos. Verifique arredores em busca de câmeras (residências, comércios) que possam ter filmado o incidente.
2. Solicitar orçamento escrito e detalhado
Exija orçamento por escrito, com descrição de peças e serviços, antes de autorizar qualquer reparo.
3. Verificar a reputação da oficina
Consulte outras pessoas, redes sociais, sites de reclamações (Reclame Aqui, fóruns automotivos). Confirme endereço oficial… atenção a oficinas com nome parecido ou endereço trocado.
4. Pedir nota fiscal e garantia
Todo serviço obrigatório deve ser acompanhado de nota fiscal e garantia pelos serviços prestados.
5. Não pagar antecipado ou deixar o carro sem vistoria técnica
Evite fazer pagamentos adiantados ou autorizar serviços extras “sob pressão”. Se possível, leve o carro a uma oficina de sua confiança para segunda opinião.
6. Registrar boletim de ocorrência
Se suspeitar de golpe ou cobrança abusiva, vá à delegacia e registre queixa/documente todas as conversas, orçamentos, fotos.
7. Buscar apoio do Procon / órgãos de defesa do consumidor
Oficinas que praticam abusos podem responder por estelionato ou crimes contra relações de consumo.
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