Por Elaine Rodrigues Em RMVale

Uma das cidades mais ricas no passado, Bananal chega aos 231 anos com dívidas "quase impagáveis"

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Mirian Ferreira de Oliveira Bruno (PV), prefeita de Bananal

Arquivo Pessoal/Mirian Bruno

Localizada ao pé da Serra da Bocaina, Bananal já foi uma das cidades mais ricas do Brasil no tempo dos Barões do Café. No auge, no século 18, chegou a ter moeda própria e ser avalista de empréstimos para a Corte. Nessa época, sua economia era baseada no trabalho de mais de 7.000 escravos, o maior contingente em uma única cidade brasileira.

Hoje, a simpática Bananal de quase 10 mil habitantes, vive fundamentalmente da atividade turística. Nesta quinta-feira (10), quando completa 231 anos de existência, o Meon entrevistou a prefeita Mirian Ferreira de Oliveira Bruno (PV), 64 anos.

Nascida em Bananal, a professora de formação conta como foi crescer na região serrana e fala dos desafios à frente da estância turística, que vive praticamente dos repasses de verba dos governos federal e estadual -uma realidade bem diferente do seu rico passado. "Minha história é igual a quase todas as pessoas criadas no interior. Vida simples, infância e juventude vividas prazerosamente."

Como sua história se encontra com a história de sua cidade?
Meus pais eram comerciantes, muito zelosos com a prole de cinco filhos, sendo eu a segunda. Fiz o ginásio aqui e depois estudei magistério em Taubaté. Já formada, voltei para Bananal e com 18 anos passei a dar aulas nas escolas rurais da cidade. Fiz faculdade em Barra do Piraí, onde me graduei em Pedagogia. Aqui, me casei aos 23 anos, tive três filhos, mas já sou viúva há 10 anos. Lembro da minha infância aqui, das brincadeiras pelas ruas da cidade, das festas religiosas, do grupo escolar e dos amigos com cavalgadas e visitas aos vizinhos mais próximos.

Na política, como foi sua carreira?
Comecei na política por influência do meu marido que foi prefeito de Bananal por três mandatos. Comecei como vereadora e hoje estou no meu segundo mandato.

O que você mais gosta em Bananal? 
O que mais gosto é a vida tranquila que temos aqui, sem violência, sem crimes e todos convivemos em amizade e harmonia. Gosto de Bananal do jeito que ela é. Sua localização é perfeita, próxima de grandes centros, como Rio de Janeiro, e suas cidades serranas com clima ameno e ar limpo.

Qual o principal desafio como prefeita de Bananal?
Administrar com um orçamento pequeno, contando com repasses dos governos Federal e Estadual, para dívidas acumuladas que são quase que impagáveis e, por fim, saldar essas dívidas adquiridas com repasse de valores dos governos que foram usados indevidamente.

Qual presente você gostaria de dar de aniversário para Bananal?
A conclusão de todas as obras que hoje se encontram autorizadas pelo Governo do Estado, mas que ainda não foram liberadas.

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