Por Rodrigo Ribeiro Em RMVale

Univap reduz em um terço número de alunos na graduação em quatro anos

Univap tem redução de 33% no número de alunos em quatro anos (Divulgação/Univap)

Em quatro anos, número de alunos passa de nove para seis mil estudantes

Divulgação/Univap

A Univap (Universidade do Vale do Paraíba) teve uma redução de 33% no total de alunos matriculados nos cursos de graduação nos últimos quatro anos. Em 2010, eram nove mil e neste ano são seis mil estudantes distribuídos nas cinco unidades da instituição na região -três em São José dos Campos, uma em Jacareí e outra em Campos do Jordão.

Os números, no entanto, agradam o atual reitor Jair Candido de Melo, que em 2012 substituiu o professor Baptista Gargione Filho, desligado do cargo após denúncias de nepotismo e corrupção. Gargione foi presidente da FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), mantenedora da Univap, de 1981 até 2012, e reitor da universidade, desde a sua criação, em 1991.

“A instituição já teve mais de nove mil alunos só na graduação, e no planejamento estratégico atual projetamos uma universidade para atender cerca de seis mil alunos”, afirma Melo, que vem tomando algumas atitudes visando a melhoria no ensino.

“O corpo docente atual é composto de 42% de doutores, 36% de mestres e 22% de especialistas, oferecendo uma formação científica e com visão de mercado aos nossos alunos”, completa.

A quantidade de cursos de graduação também diminuiu nos últimos quatro anos. Em 2010, eram 44 e hoje são 36. Segundo o reitor, os cursos foram excluídos devido à diminuição da demanda e, apesar da queda na oferta, são realizadas obras de melhorias, investimentos em laboratórios e infraestrutura nos campi.

Antes do início do comando de Melo na Univap, o aluno que perdia o vestibular tinha a possibilidade de fazer uma redação presencial na universidade, o que na maioria das vezes garantia a matrícula e diminuía o interesse no vestibular. Desde então, o reitor retirou a redação como uma das formas de ingresso na instituição.

“O modelo seletivo do passado tinha como principal objetivo a formalização do preenchimento das vagas, hoje estamos recrutando alunos com potencial acadêmico para que possam ser desenvolvidos e ao término do curso, atuarem profissionalmente com um desempenho diferenciado”, explica.

Quando assumiu a reitoria da universidade, Jair de Candido afirmou que tinha o objetivo de criar pensadores e após dois anos como reitor, acredita que o ciclo do setor educacional é longo.

“Mudanças feitas no início do nosso mandato como a revisão dos currículos, carga horária maior dos cursos e rigor no processo seletivo, só serão de fato credenciadas daqui a quatro anos, quando o aluno estará no mercado”, explica.

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