Número de jovens com infarto no Brasil dobrou nos últimos anos

O Brasil enfrenta um aumento preocupante no número de jovens vítimas de infarto. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que as internações de pessoas com menos de 39 anos mais que dobraram nos últimos 16 anos, evidenciando uma tendência alarmante na saúde cardiovascular da população jovem.

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Especialistas apontam que o cenário atual está ligado a diversos fatores de risco, incluindo obesidade, sedentarismo e uso de cigarro eletrônico. Alertas recentes indicam que os dispositivos de vaping podem ser tão ou mais nocivos que o cigarro convencional, apresentando concentrações de nicotina potencialmente mais altas.

Além do tabagismo, o uso de substâncias como a maconha pode aumentar em até cinco vezes a incidência de infarto entre os jovens. A hipertensão arterial também se destaca como fator crítico, já que apenas 30% dos pacientes diagnosticados seguem corretamente o tratamento médico prescrito.

O componente hereditário também tem papel importante: pessoas com histórico familiar de infarto precisam redobrar a atenção e iniciar acompanhamento médico de forma precoce.

Os sintomas de infarto nem sempre são evidentes. Embora a dor no peito e a irradiação para o braço esquerdo sejam clássicas, alguns casos podem se manifestar como ansiedade, mal-estar gástrico ou cansaço intenso, dificultando o reconhecimento da doença.

A prevenção continua sendo a principal ferramenta contra o infarto, que permanece como uma das principais causas de morte no mundo. Manter hábitos saudáveis, praticar exercícios físicos regularmente, controlar a alimentação e realizar check-ups periódicos são medidas fundamentais para reduzir os riscos, especialmente entre os mais jovens.