O ex-auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, nascido em São José dos Campos, é acusado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) de chefiar um esquema de corrupção bilionário e de usar parte dos recursos desviados para sustentar um relacionamento com um amante. Segundo a denúncia, Artur chegou a pagar até R$ 100 mil mensais a Francisco de Carvalho Neto, apontado como seu “sugar baby”.
+ Receba as notícias do dia – clique AQUI para seguir o canal MEON no WhatsApp
De acordo com os promotores, Artur liderava a chamada “Máfia do ICMS”, um esquema de fraudes em créditos tributários que teria beneficiado grandes empresas do estado e movimentado cerca de R$ 1 bilhão em propinas. Entre as companhias envolvidas estariam nomes conhecidos do varejo e do setor farmacêutico.
Vida de luxo e “sugar baby”
Mensagens obtidas pelos investigadores revelam que o relacionamento entre Artur e Francisco ia além dos negócios. O ex-auditor bancava viagens, moradia e itens de luxo para o rapaz. Francisco teria recebido R$ 5,1 milhões em transferências, usando parte do dinheiro para comprar o apartamento onde o próprio Artur vivia.
Os documentos apontam que o imóvel foi registrado em nome de Francisco, mas pertencia de fato ao ex-auditor. Durante a Operação Ícaro, deflagrada em agosto, Francisco confirmou às autoridades que era sustentado por Artur e recebia pagamentos mensais elevados.
Esquema e lavagem de dinheiro
Entre 2023 e 2024, os repasses foram feitos por meio da empresa Smart Tax, registrada em nome de Kimio Mizukami da Silva, mãe de Artur, também denunciada pelo MP-SP. Segundo o Gedec (Grupo Especial de Repressão a Delitos Econômicos), Artur teria recebido R$ 383,6 milhões em propinas entre 2021 e 2024.
A Smart Tax emitia notas fiscais frias para justificar pagamentos das empresas participantes do esquema. Dois imóveis adquiridos por Francisco foram posteriormente transferidos para a Smart Tax, em tentativa de ocultar a origem ilícita dos recursos.
Antes de se tornar o principal alvo da investigação, Artur teve uma trajetória acadêmica e profissional de destaque. Formado em 1º lugar pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), ocupou cargos de alto escalão na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
Agora, responde por suspeita de comandar um dos maiores esquemas de corrupção tributária já identificados no estado, inflando créditos de ICMS para favorecer empresas e lucrar com a revenda desses valores.
Além de Artur e Francisco, foram denunciadas a mãe do ex-auditor e três funcionárias de confiança. O empresário Sidnei Oliveira, dono da Ultrafarma, chegou a ser preso em fases anteriores da Operação Ícaro.
O caso está sob análise da Justiça paulista, e os acusados podem responder por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
SJC: Serviço de poda será realizado nas regiões oeste, sul e leste
Força-tarefa acontece a partir desta segunda-feira (13)
SJC: PAT chega a 903 vagas de emprego disponíveis na segunda (13)
Veja quais são e como se candidatar
Ilhabela recebe ação itinerante “DPU nas Comunidades”
Cidadãos terão serviços jurídicos gratuitos a partir desta segunda (13)
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.