1. Muitas pessoas não sabem, mas você começou a nadar devido a uma bronquite. De lá para cá, você passou a nadar profissionalmente e tornou-se um dos principais nomes da natação feminina brasileira. O que representa a natação na sua vida?
Representa amor, pois meus pais se conheceram na natação, assim como conheci meu marido e hoje tenho minha família. Natação, como o esporte, representa o amor, aprendizados, vivências, amizades. Graças à modalidade ganhei uma bolsa para estudar nos Estados e, hoje, tenho meu negócio.
2. De todas as medalhas, qual a sua preferida e por quê?
São mais de mil medalhas, mas considero, em termo de grandes conquistas, o meu primeiro Brasileiro; a medalha de prata nos Pan-Americanos no Brasil, em 2007; as medalhas em Copa do Mundo e, claro, ter chego nas Olimpíadas foi uma grande vitória. Em Sidney, por exemplo, fui a única mulher a representar a natação brasileira.
3. Seu marido, o também vitorioso Diogo Yabe, foi nadador de prestígio. Seus filhos também têm essa paixão pela natação?
Eles (Luize, com 8 anos; Ayme, com 5 anos; e Mathias, com 1 ano) gostam de água, nós estimulamos eles. Ainda não sei se seguirão este caminho, mas acho que, nós como pais, principalmente num pais tropical como o Brasil, é importante saber os quatro nados. Tomará eles sigam esse caminho.
4. Falando em família. Como é administrar o papel de mãe?
Pode parecer clichê, mãe é a melhor coisa do mundo. Demorei muito para ser mãe, mas eu vejo como uma missão que Deus me deu. Tento conciliar meu tempo, dividir as tarefas, e usar um tempo de qualidade com eles. Tento dentro desse tempo ensinar sempre as coisas certas e ser exemplo no dia-a-dia, como tratamentos as pessoas, como ser marido e mulher.
5. É boa na cozinha? Qual prato preferido?
Nunca tive experiência. Fora do Brasil, comia fora devido à rotina. Em casa o Diogo gosta de cozinhar mais. Mas, se precisar fazer alguma coisa, eu arrisco uma pipoca (risos). Brincadeiras à parte, gosto de pratos com shitake, como macarrão e hambúrguer à base desse alimento.
6. Você não para: mãe, esposa e empreendedora. Como surgiu a Fabíola Molina Store?
Fundei a empresa em 2004, mas a ideia tinha surgido há muito tempo, nos anos 90. Eu treinava nado costas em piscina descoberta e queria fazer um sunquíni para mim, para treinar e tomar Sol ao mesmo tempo. Conheci uma costureira, comprei umas lycras e comecei a usar nos treinos. Daí em diante as meninas começaram a ver, gostar e comprar, mesmo que informalmente. Ao lado dos meus pais, organizei a ideia como uma empresa. Hoje, já são 40 colaboradores conosco.
7. Qual seu estilo? Além da moda praia, segue estilistas e tendências?
Como trabalho com a moda natação, conheço muito o que nosso consumidor final curte. Criamos cerca de 100 estampas por ano, é bastante coisa, então temos uma pegada do foral, folhagens e movimento e a combinação de cores. Sempre gosto de acompanhar o que está em alta.
8. Tem algum hobbie quando está com o “tempo livre”. E algum livro ou filme que sempre fez parte da sua vida?
Amo passear com as crianças, ir a museu e fazer atividades que sejam estimulantes para as crianças. O último livro que li foi "Grandes líderes recebem por último".
9. Quais os projetos para 2023?
Busco sempre uma melhoria contínua. Cuidar dos colaboradores, que prezo muito. Aqui na cidade, junto ao Diogo, tenho o objetivo de estar ainda mais ao lado dos atletas locais.
10. O que a Fabíola Molina de hoje falaria para a Fabíola Molina de 20 anos atrás?
Eu falaria: "Continue sonhando grande, fazendo o seu melhor, se cercando de pessoas boas ao seu redor e sempre valorize sua família".
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