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Ex-alunos matam 10 em escola de Suzano e deixam 11 feridos; veja como foi o atentado

Oito pessoas morreram no local do atentado e dois estudantes no hospital

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Os dois jovens atiradores que invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, tinham sido alunos da instituição e isso pode ter facilitado a entrada deles no local pelo portão da frente, que estava aberto. A dupla assassinou 10 pessoas, deixou 11 feridos e se matou ainda dentro da escola na manhã desta quarta-feira (13). 

Morreram cinco estudantes, com idades entre 15 e 19 anos, duas funcionárias da escola e um comerciante, que era tio de um dos criminosos e tinha um estabelecimento perto do colégio.  Dois feridos morreram no hospital e os demais permaneciam internados até a noite.

O atentado aconteceu por volta das 10h. De acordo com informações da SSP (Secretaria da Segurança Pública), o massacre foi cometido por Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos. Os dois eram vizinhos e ex-alunos da Raul Brasil. Guilherme estudou na escola até o ano passado.

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Guilherme teria entrado na escola alegando que iria retomar os estudos. Segundo a PM, as primeiras vítimas foram uma coordenadora pedagógica e em uma supervisora.

Imagens das câmeras de segurança da escola mostram o momento em que os dois jovens entraram encapuzados, atiraram de maneira aleatória e desferiram golpes de machado contra diversos estudantes, atacando inclusive vítimas que já estavam caídas no chão.

Um dos atiradores usava um capuz com o desenho de uma caveira, vestia camiseta e calça pretas e luvas na mão direita. 

O invasão ocorreu no momento do recreio e causou pânico entre os alunos que estavam no pátio. Os criminosos usaram um revólver calibre 38, uma arma conhecida como besta (semelhante a um arco e flecha medieval) e uma caixa que aparentava ser explosivo e garrafas montadas como coquetéis molotov.

Ao ouvirem os primeiros tiros, alguns professores acreditavam que eram 'bombinhas'. Com a gritaria, estudantes e professores colocaram armários para fechar as portas. Os alunos que estavam no pátio saíram correndo. 

O estudante José Vitor Ramos Lemos, de 18 anos, chegou a ser atingido com um golpe de machado, que ficou cravada em seu ombro direito. Ele foi caminhando sozinho até um hospital, que fica a duas quadras do colégio, onde foi submetido a cirurgia para retirada da arma. 

A dupla se matou logo após a chegada de policiais militares. A PM informou que um dos atiradores matou o comparsa e depois se matou. A corporação, no entanto, não informou quem teria cometido o suicídio.

A polícia investiga se os dois jovens teriam planejado o crime no fórum de uma comunidade de jogadores do Call of Duty, um game de guerra. Os investigadores estão ouvindo os pais dos rapazes sobre essa questão, mas suspeitam que pode ter ligação com o massacre. A polícia ainda não sabe como ou onde as armas foram compradas. 

Luto

A Prefeitura de Suzano decretou luto oficial de três dias. De acordo com a administração municipal, mais de 150 profissionais da rede municipal e 80 voluntários atuaram no Centro de Acolhimento às Famílias montado na sede da Associação Cultural Suzanense, o Bunkyo, para oferecer assistência aos parentes dos estudantes. 

O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, esteve na Escola Estadual Raul Brasil na tarde desta quarta e informou que deverá ocorrer um velório coletivo na Arena Suzano.

Ele lamentou a tragédia e destacou que a Guarda Municipal realiza rondas escolares, com o apoio da PM, mas o serviço não cobre todas as unidades.

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