Por Meon Em Brasil

Juros fecham perto da estabilidade, mas acumulam forte avanço de prêmios no mês

Os juros futuros de longo prazo reduziram o ritmo de queda no fechamento dos negócios, na medida em que o dólar voltou a ganhar força no fim do dia, e fecharam entre a estabilidade e viés de baixa. Já os vencimentos de curto e médio prazos oscilaram o dia todo perto dos ajustes. A agenda da sexta-feira não trouxe dados de impacto e o noticiário também foi considerado fraco e, com isso, o câmbio continuou pautando as taxas, que encerraram o mês com forte acúmulo de prêmios, em torno de 50 pontos-base. A exceção foram os juros curtos que "fecharam" em torno de 20 pontos.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de janeiro de 2021 fechou com taxa de 4,700% (regular e estendida), de 4,689% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 fechou estável, em 5,89% (regular e estendida). O DI para janeiro de 2025 fechou em 6,52% (regular) e 6,51% (estendida), de 6,541% ontem no ajuste, a do DI para janeiro de 2027 terminou em 6,85% (regular e estendida), de 6,871%.

Após oscilar em leve alta, mas na casa de R$ 4,22 durante o dia, no fim da tarde o dólar ampliou os ganhos ante o real até R$ 4,24, o que enfraqueceu o movimento de 'desinclinação' que ditava o rumo da curva desde cedo. Até então, prevalecia a percepção de que apesar da moeda em alta, a elevada volatilidade vista nos últimos dias no câmbio diminuiu, segundo João Mauricio Rosal, economista-chefe da Guide Investimentos. "Com o câmbio mais acomodado, o mercado voltou a olhar os fundamentos", disse.

Embora não explosivo como nos últimos dias, o mercado de juros teve forte volume de contratos negociados, o que chama a atenção num dia de praticamente meio expediente em Wall Street. Nesta Black Friday, as bolsas americanas fecharam mais cedo. O DI para janeiro de 2021, por exemplo, girou cerca de 360 mil contratos.

Para Rosal, o desempenho do câmbio não compromete a perspectiva de corte de 0,50 ponto porcentual da Selic em dezembro, mas ele afirma que o mercado, ao ver uma desvalorização rápida da moeda, "tem como reação imediata questionar sinalização sobre a Selic dada pelo BC". "Mas o corte de dezembro está muito na mesa", disse. A precificação da curva, informada pela Quantitas Asset, aponta 67% de chance de Selic a 4,5% no próximo Copom e 33% de possibilidade de queda de 0,25 ponto. Já para fevereiro, prosseguiu, o jogo está "mais embolado", com os investidores divididos "sobre se tem ou não corte".

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