Por Lucas Ananias Em RMVale

Governo Estadual vai recorrer contra invasão a 'Fazenda do Estado'

Área estatal em Pinda foi invadida por integrantes do MST na segunda

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Ocupação por cerca de 60 famílias acontece desde segunda-feira

Divulgação/MST

O Governo do Estado de São Paulo entrará com pedido de Reintegração de Posse para que a Fazenda do Estado, invadida na madrugada desta segunda-feira (21), em Pindamonhangaba, seja desocupada pelos manifestantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

A fazenda foi ocupada por cerca de 60 famílias, em uma área de 350 hectares, cerca de 30% do total da fazenda. A ocupação está na parte da fazenda, na estrada Borba Gato, às margens da rodovia Presidente Dutra, em Pindamonhangaba.

“A ocupação ilegal não será tolerada. O Estado tem vários programas de apoio à agricultura familiar e tem dialogado sempre com movimentos reivindicatórios”, afirmou o governo estadual, em nota.

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Ainda que a ocupação tenha menos de 48 horas, os trabalhadores já construíram a primeira horta coletiva e tiveram uma reunião com o engenheiro agrônomo Hélio Minoru Takada, diretor da Apta (Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio) do Vale do Paraíba, para decidir se o projeto de agricultura familiar será aceito.

A diretora regional do MST, Suelyn da Luz, disse que a reunião foi produtiva, mas que ela acontece paralelamente com o pedido de reintegração que pode tirar o assentamento da área ocupada.

“Ontem mesmo tivemos uma reunião com o Sr. Hélio, e ele se mostrou receptivo ao projeto, mas disse que nada pode fazer com relação ao pedido do Governo do Estado”, disse Suelyn ao Meon.

“Invadir é subverter o atendimento planejado e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria, acionará todos os dispositivos legais para garantir a preservação da área pública.”

Ainda em nota, o Estado expressa que “invadir é subverter o atendimento planejado e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria, acionará todos os dispositivos legais para garantir a preservação da área pública.”.

Suelyn afirma que as ordens e escolhas para os programas que são aceitos e aprovados pelo governo são arbitrárias, “Existem diversos exemplos de projetos de agricultura familiar que tem mostrado resultados tanto em termos de trabalho para as famílias, quanto em termo de lucro. Há fazendas que há 14 anos são sucesso, mas ainda continuam sendo um acampamento”, afirmou a diretora regional do MST.

Agora o acampamento segue até que o projeto seja aceito pelo governo, ou a ordem de reintegração de posse seja aceita. A liderança do movimento MST disse que caso a decisão seja contra o assentamento eles sairão pacificamente da Fazenda do Estado.

Antigas ocupações

Em 2015, a mesma área já havia sido ocupada, quando famílias do MST foram despejadas de outra fazenda.

A mais recente ocupação, aconteceu em abril deste ano, na Fazenda Guassahy, às margens da via Dutra, em Taubaté. Cerca de 100 famílias permaneceram acampadas por cerca de um mês, reivindicando a reforma agrária da área, que segundo o movimento, está se utilidade há mais de dez anos.

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