Por Meon Em RMVale

Inpe instala sensores no Litoral Norte para monitorar incidência de raios

Pesquisa irá desenvolver mecanismo para emissão de alertas e detecção de raios em áreas desprotegidas

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Sensor detecta raios com até 15 minutos de antecedência

Reprodução/Tião Martins/Arquivo Meon

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) vai instalar até o fim deste mês  cinco sensores, três no Litoral Norte e dois na Baixada Santista, para monitorar a incidência de raios durante o verão. A iniciativa faz parte de um experimento para desenvolvimento de um sistema preliminar de alertas.

No Litoral Norte, os equipamentos serão instalados em Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião e na Biaxada Santista em Guarujá e Praia Grande. A previsão é que os sensores entrem em operação no dia 1º de dezembro e funcionem até o início de abril de 2020, quando encerra o verão. 

O sistema vai funcionar através da medição do campo elétrico atmosférico por meio do sensor, que irá detectar a aproximação de nuvens com carga elétrica de potencial para produzir raios.

Os dados coletados serão analisados caso a caso por tecnologistas e pesquisados do ELAT (Grupo de Eletricidade Atmosférica) e do CCST (Centro de Ciência do Sistema Terrestre), órgãos ligados ao Inpe. Essas informações serão enviadas pela Defesa Civil Estadual por meio de SMS’s.

A intenção da pesquisa é aperfeiçoar a detecção de raios, sobretudo nas cidades litorâneas onde tem grande concentração de turistas durante o verão, e indicar áreas que necessitam de maior proteção ou pelo menos diminuição do impacto da ocorrência de descargas elétricas.

“Atualmente, não existe no mundo tecnologia que impeça que determinada localidade seja atingida por um raio ou que possa prever com exatidão de 100% a ocorrência do fenômeno. Nosso objetivo é desenvolver um sistema que permita sairmos do zero”, ressalta doutor em ciência do sistema terrestre e coordenador da pesquisa, Flávio de Carvalho Magina.

Um destaque desses sensores é que eles conseguem detectar uma descarga elétrica com 15 minutos de antecedência antes da ocorrência do raio de fato. Futuramente, a tecnologia poderá ser incrementada com a combinação de informações dos sensores com redes de localização de descargas atmosféricas a fim de localizar e caracterizar a formação de raios em áreas desprotegidas como as praias.

“É importante porque é uma oportunidade de coletar dados do comportamento elétrico das tempestades no litoral em cinco localidades ao mesmo tempo, o que é inédito no litoral. Isso permitirá ampliar o conhecimento científico na área de eletricidade atmosférica”, complementa o pesquisador.

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