Por Meon Em RMVale

Para construtor, obra na Tívoli é legal e não vai provocar danos ambientais

Compensação ambiental com 2.740 mudas foi feita em fazenda da empresa

Frederico Marcondes Cesar, proprietário da construtora Marcondes Cesar (Marcus Alvarenga/Meon)

O empresário Frederico Marcondes Cesar (esq) com os jornalistas Fernando Antunes e Tânia Campelo

Marcus Alvarenga/Meon

O empresário Frederico Marcondes Cesar concedeu na tarde desta quinta-feira (8) uma entrevista ao vivo na Web TV Meon. O dono da construtora Marcondes Cesar falou sobre o projeto para construção de um estacionamento na Vila Betânia, região central de São José dos Campos, que prevê o corte de 430 árvores.

A obra é criticada por moradores e ambientalistas, que temem prejuízos ao meio ambiente e à qualidade de vida.

“Ao longo de 37 anos nós já fizemos na região do Vale do Paraíba, e mais fortemente em São José dos Campos, mais de 70 edifícios [...]. Nunca fizemos nada errado, como não fizemos agora”, disse o empresário. 

Marcondes Cesar garantiu a legalidade do projeto e refutou a possibilidade de a obra causar danos ambientais. Ele afirmou que a construtora já fez a compensação ambiental das árvores que serão suprimidas. O TCRA (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental) assinado pela empresa previa plantio de 2.740 mudas de espécies nativas, em uma área de 10.600 m².

Ao longo de 37 anos nós já fizemos na região do Vale do Paraíba mais de 70 edifícios [...]. Nunca fizemos nada errado, como não fizemos agora”

Frederico Marcondes CesarProprietário da construtora Marcondes Cesar

Frederico Marcondes Cesar, proprietário da construtora Marcondes Cesar (Marcus Alvarenga/Meon)

O compensação foi feita na Fazenda São Clemente, no bairro Vargem Grande, zona norte de São José dos Campos, que pertence ao grupo Marcondes Cesar. 

"Das 430 árvores, 146 dessas árvores são eucaliptos. Eucaliptos altos, acima de 10, 15, 20 metros, que nesse instante representam risco de integridade física e material para os vizinhos. São árvores altas, sujeitas a raios e tombamento (...), uma outra grande parte é bambu", afirmou o empresário.

"Importante colocar, estamos deixando no local 20% da área intocável e ainda 30% da vegetação nesses 20% da área. As outras 280 árvores de pequeno porte que lá estão [e serão suprimidas], já fizemos a compensação ambiental. Já fizemos o plantio de 2.740 mudas, ou seja, dez vezes mais do que será suprimido em uma área duas vezes e meia a mais da área que estamos suprimindo", disse.

O construtor ressaltou ainda que o Compromisso de Recuperação Ambiental e o Termo de Responsabilidade de Preservação de Área Verde foram autorizados pela Cetesb no dia 23 de novembro de 2017. Mas a empresa decidiu esperar o plantio das mudas para iniciar a supressão das árvores.

Segundo o empresário, nesta sexta-feira (9) a empresa vai protolocar o cumprimento da primeira etapa da compensação ambiental --a empresa deverá fazer a manutenção e conservação das mudas durante três anos.

A derrubada das árvores do terreno da Tívoli teve início no dia 26 de fevereiro pela construtora Marcondes Cesar, mas foi paralisada no dia 27.

Segundo Frederico, a obra foi parada após um telefonema da prefeitura. "[Ligaram e disseram:] olha por um lapso nós concedemos a execução da obra, não atentamos que o projeto não foi aprovado, vocês poderiam parar a obra? E paramos imediatamente", disse Frederico.

A liberação depende de um documento da Aeronáutica, que precisa dar o aval ao empreendimento porque o terreno fica em uma área de segurança de voo. O empresário acredita que até a próxima semana receberá o documento e retomará os trabalhos para supressão das árvores.

Veja o vídeo com a entrevista na íntegra:

 

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