Por João Pedro Teles Em Brasil & Mundo

Com influências setentistas, luizenses do Los Cunhados preparam EP

Material do grupo de São Luiz do Paraitinga sai em dezembro

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Influencias do rock setentista marcam primeiro trabalho

Divulgação

Misturando influência do rock setentista aos instrumentos de sopro, característicos do carnaval de São Luiz do Paraitinga, a banda luizense Los Cunhados está em estúdio para lançar seu primeiro EP, que chega em dezembro e leva o nome do grupo.

O primeiro registro gravado dos jovens músicos acontece após três anos de participações em eventos da cidade e nas redondezas.

Daquelas bandas que enchem o palco – são nada menos do que sete integrantes –, os luizenses fizeram da ressaca do fim de Carnaval a oportunidade para começar a construir sua identidade sonora.

“Montamos a banda para tocar no Carnaval, em 2014. Aí, quando a festa terminou, a gente parou e pensou ‘e agora?’. Foi aí que começamos a dar umas ideias. Já que Beatles é unanimidade entre a banda, começamos a enveredar para o rock, fazendo um arranjo nosso”, explica o volcalista e guitarrista Caio Frade.

Com canções do Fab Four no repertório, o grupo se manteve em evidência nas noites de São Luiz. Daí para as composições próprias bastava apenas um empurrãozinho. E ele veio com o convite ao grupo para participar do ‘Balaio das Artes’, evento que reúne músicos e artistas de outras expressões na cidade.

“Precisávamos de um repertório autoral para fazer a inscrição. Foi bem em um momento que a gente estava começando a compor algumas coisas para a banda. Então a ideia ter o nosso próprio repertório virou realidade ali”, afirma.

O EP conta com cinco músicas -- quatro próprias e outra de Marco Rio Branco --, cujas composições Frade divide com o primo Tomás Frade, vocalista que, inclusive, assina a maioria das letras. O material dos luizenses ficou entre os dez finalistas do Festival Imagine Brasil, que reuniu, em 2016 mais de 200 bandas com jovens integrantes.

A vida não é filme?

O nome Los Cunhados, que inspira curiosidade e é motivo de questionamentos do público após todo e qualquer show da banda não é nenhuma referência a qualquer grau de parentesco indireto.

“Pintou quando a gente tava vendo um filme. Nem me lembro o nome. Tinha um grupo de três amigos que se chamavam de Los Cunhados. Daí a gente estava procurando um nome pra banda e acabou pegando esse. Depois não teve como mudar mais”, conta.

Se foi no cinema que o grupo se inspirou para escolher o nome, a sonoridade mistura de tudo um pouco. Tem tropicalismo, tem rock internacional e, evidentemente, bandas do fértil cenário musical da cidade.

“A gente gosta muito tanto de anos 70 quanto da cena independente contemporânea. Ouvimos bastante coisa e damos um toque meio luizense com os instrumentos de sopro. Nos inspiramos bastante no Paranga, onde, inclusive, meu pai e meu tio tocaram”, afirma.

Saído o EP, o grupo vai dar um tempo para as atividades do Carnaval e, depois dos festejos, se concentrar em voos para além dos limites de São Luiz.

“É legal a gente ter um material para justamente poder difundir nosso som para fora da cidade. O objetivo é entrar na cena das bandas que já gostamos de ouvir”, diz.

Para conseguir ouvir o som do grupo, entretanto, não é preciso esperar o fim das festividades de momo. Os cunhadões estão confirmados no ‘Mês da Música’, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, e tocam na próxima quinta-feira (23), na sede da FCCR.

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