Nos últimos anos vivendo dentro do universo da criação, uma coisa ficou evidente: quem dita o desejo de onde e como morar não é mais o mercado, são os criadores de conteúdo.
Paramos de buscar apenas casas, apartamentos ou escritórios. Começamos a procurar cenários.
Somos influenciados a querer a cozinha que aparece nos vídeos de receitas, o closet iluminado daquele “arrume-se comigo” e o banheiros mostrado ao fundo do vídeo de skincare. Aprendemos a reformar acompanhando o antes e depois de alguém que decidiu transformar a própria casa em série.
Hoje, eles são o ponto de partida do nosso imaginário. Projetamos nossos espaços usando perfis, estéticas e lifestyles como referência.
Planejar, construir e decorar deixou de ser privilégio de quem podia contratar arquitetos e decoradores. Os criadores tornaram o bonito acessível. Mostraram que é possível ter uma cidade caminhável, um bairro acolhedor, um apartamento pequeno funcional, um ambiente transformado com intenção, não com fortuna.
Enquanto isso, os profissionais da área que entenderam o jogo digital não ficaram para trás. Quem se posicionou, gravou e mostrou processo construiu autoridade e abriu território próprio.
No fim das contas, quem nunca desejou -ou precisou - de um cantinho instagramável?
Bem-vindos ao futuro.
Um futuro em que tudo é projetado para a vida, sim.
Mas também para a câmera.
Porque, querendo ou não, estamos todos construindo o nosso próprio reality.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.