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Bolsa lidera investimentos em julho, com alta de 5%

No segundo mês consecutivo de alta, a Bovespa ficou na liderança do ranking de investimentos em julho. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) - principal termômetro do mercado acionário brasileiro - avançou 5,01% no mês. Esse resultado levou a Bolsa a acumular alta de 8,39% neste ano. Na lanterna ficou o ouro, que recuou 1,06% em julho.

Apesar da alta no balanço do mês, a Bolsa fechou os últimos cinco dias em queda. Na quinta-feira, 31 de julho, o recuo foi de 1,84%, pressionado pelo calote argentino, indicadores americanos e desempenho fiscal do Brasil.

Para analistas, o avanço de 5% no mês reflete expectativas de mercado após a divulgação de pesquisas eleitorais. "As pesquisas têm tido peso nos resultados da Bolsa. Toda vez que aparece uma possibilidade de a oposição se sair melhor, o mercado se anima, pois muitos agentes querem alterações na política econômica", diz Fabio Colombo, administrador de investimentos. Esse movimento especulativo deve continuar causando impactos até outubro.

"Outro aspecto a ser considerado é que já há algum tempo a nossa Bolsa está muito baixa", diz Otto Nogami, professor de economia do Insper. "Para perspectiva de longo prazo, já há investidor enxergando na Bolsa um campo de oportunidade", diz.

Dólar
O segundo ativo mais rentável foi o dólar comercial, com alta de 2,62% em julho. No ano, contudo, a moeda recuou 3,65%. "Está havendo uma saída do capital estrangeiro e, à medida que ele sai, temos uma demanda maior por moeda estrangeira, e o dólar tende a se valorizar", diz Nogami. Para o economista, o dólar é um dos ativos que mais devem avançar até o fim do ano, sobretudo por causa das expectativas em relação à política monetária norte-americana - mas ele não indica a moeda como investimento. "O mercado de câmbio é altamente volátil e muito arriscado para o pequeno investidor", avalia.

Renda fixa
Investimento mais rentável no primeiro semestre deste ano, a renda fixa fechou o mês com alta de 0,80%. No ano, o avanço é de 5,22%. "Esses fundos ficam atraentes pois o Banco Central vem subindo os juros, mas o que sobra se descontada a inflação, o imposto de renda e a taxa de administração ainda é muito pouco", diz Fabio Colombo.

Ele aponta como alternativas de ganho real ao investidor fundos atrelados à inflação ou prefixados - desde que o investimento seja de longo prazo. "Como esses papéis são muito longos, qualquer mudança no mercado pode gerar muito ganho ou muita perda - o impacto à vista é muito grande", diz. Para ele, o ideal é não retirar o investimento até a data de vencimento para garantir o ganho.

"Ao pequeno investidor, não resta muita alternativa a não ser assumir uma posição conservadora, como manter uma caderneta de poupança ou investir em títulos públicos", diz. "Já aos que podem tomar certo risco e estão dispostos a aguardar o momento adequado, é interessante montar uma carteira de ações, pois a médio e longo prazo a tendência é de alta." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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