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Consumo aparente da indústria cresceu 0,5% de março para abril, diz Ipea

O consumo aparente da indústria cresceu 0,5% em abril, em comparação com março, segundo indicador divulgado nesta segunda-feira, 12, pelo Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea). Em relação a igual mês do ano passado, no entanto, foi registrada queda de 4,7%, resultado que interrompe quatro meses de alta. O indicador é definido por uma equação da produção industrial doméstica, acrescida das importações e excluídas as exportações.

Em 12 meses, houve desaceleração do ritmo de queda, de -4,6% para -4,2%. Segundo o Ipea, houve um escoamento líquido para o setor externo, embora em magnitude menor que nos períodos anteriores.

Enquanto o volume importado de bens industriais diminuiu 0,3%, as exportações acumularam alta de 2,2% no período de 12 meses até abril. "A melhora gradual no desempenho das importações corrobora um cenário mais benigno para a produção industrial", avaliou Leonardo de Carvalho, do Grupo de Conjuntura do Ipea, em comunicado.

Os destaques positivos da pesquisa foram as categorias de bens de capital, que apresentou alta de 0,7%, e de bens intermediários, que avançou 0,2%. Em contrapartida, a categoria de bens de consumo semi e não duráveis registrou queda de 2,6%. Na comparação com abril de 2016, no entanto, a queda foi generalizada, com destaque negativo para a produção de bens de consumo, que caiu 10%.

A indústria extrativa voltou a avançar em abril, ao apresentar alta de 2,4%, na comparação mensal. Já a indústria de transformação se manteve estável, com queda de 0,2%.

Dentro da indústria, o Ipea ressaltou o desempenho positivo dos segmentos de produtos alimentícios (2,5%) e de máquinas e equipamentos (4,7%), ante março. No sentido oposto, a demanda por veículos automotores caiu 0,7%.

Comparado a abril de 2016, apenas nove atividades apresentaram variação positiva, sobretudo, metalurgia, que avançou 9,2%. Nos 12 meses concluídos em abril, cinco setores apresentaram variação positiva, com destaque para produtos químicos (2,2%), têxteis (4,2%) e equipamentos de informática (4,3%).

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