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Não há lei que obrigue repasse, mas postos querem contribuir, diz Fecombustíveis

Apesar da não obrigatoriedade, presidente da Fecombustíveis diz que 'boa vontade' da categoria deverá garantir repasse do preço mais baixo

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O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares, pontuou nesta sexta-feira, 1º de junho, que não existe nenhuma lei que obrigue os postos de gasolina a repassarem, ao consumidor final, o desconto de R$ 0,46 anunciado pelo governo para o diesel. Segundo ele, porém, há uma boa vontade da categoria em contribuir. 


"Não existe lei que me obrigue a fazer este repasse. É uma boa vontade dessa categoria, que é a parte mais competitiva dessa cadeia do petróleo", afirmou a jornalistas, na saída do Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília. Soares esteve mais cedo reunido com o ministro Moreira Franco e representantes dos distribuidores de combustíveis.

Um dos pontos sensíveis para a Fecombustíveis no acordo para encerrar a greve dos caminhoneiros é a ameaça de representantes do governo de multar e até mesmo prender donos de postos, caso o repasse não seja feito. "Há 40 mil empresários brigando pelo cliente, com interesse em ter preço competitivo. Autuar o posto? Só em caso esporádicos. O setor de combustíveis é muito competitivo e fiscalizado", disse.

Soares lembrou ainda que os Estados de São Paulo e Rio já conseguiram reduzir o ICMS do diesel para permitir o desconto de R$ 0,46 ao consumidor final. "O que, para nós, postos, seria R$ 0,41 de desconto, porque tem o biodiesel (misturado ao diesel), vai ser complementado com essa ação dos Estados brasileiros", disse.

Segundo ele, o último Ato Cotepe - do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) - já trouxe a redução de ICMS no diesel nos Estados de São Paulo e Rio. Outros 17 Estados mantiveram o ICMS, enquanto seis Estados elevaram. "A Petrobras fez sua parte, o governo federal fez sua parte e agora dependemos também dos Estados", pontuou.

O Ato Cotepe é publicado a cada 15 dias. Na prática, as secretarias da Fazenda dos Estados fazem uma pesquisa de preços, calculam um preço médio para o combustível e, em cima deste valor, aplicam a alíquota de ICMS, que varia de 12% a 18% no País. "Alguns Estados aumentaram o 'preço pauta' e isso deve prejudicar alguma coisa", disse, em referência à chegada do desconto de R$ 0,46 ao consumidor final.

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