O sedentarismo chega a ser tão forte e impactante quanto o tabagismo
Cia Athlética
Quase todo mundo sabe que a atividade física é importante para a saúde e que traz diversos benefícios para o coração, pulmões, ossos e músculos, entre muitos outros. Mas então por que, segundo as estatísticas, apenas 10% da população faz exercícios regularmente?
A resposta pode estar na dificuldade que as pessoas têm de mudar seus hábitos, um conjunto de rotinas que acabam por determinar o nível de sedentarismo de cada pessoa. Estes hábitos se consolidam muito cedo, desde a infância, e tornam-se modelos mentais que passam a ser repetidos automaticamente, sem grande questionamento ou consciência em seu sentido mais amplo.
O sedentarismo é um conjunto de rotinas que envolvem pouco movimento, pouco exercício. O indivíduo sedentário muitas vezes inclusive aprecia a atividade física e se sente muito bem praticando exercícios físicos... mas apresenta uma dificuldade de praticá-los com regularidade. As “desculpas” são várias, mas a principal costuma ser a falta de tempo (tempo esse muitas vezes utilizado em frente à TV, por exemplo).
Pesquisas recentes têm demonstrado que a mudança de hábitos é um processo composto de diversos estágios. Antes que a mudança aconteça, é preciso pensar a respeito, depois fazer planos, testar algumas maneiras de viabilizar as idéias e só então partir para a ação. No modelo transteórico proposto pelo Dr. James Prochaska, os estágios da mudança de comportamento são os seguintes:
1. Pré contemplação ( a pessoa não pensa em mudar )
2. Contemplação (a pessoa considera e pensa sobre a mudança)
3. Preparação (a pessoa se prepara para a mudança)
4. Ação ( a pessoa começa a agir )
5. Manutenção ( o novo comportamento torna-se consistente)
Cada um destes estágios traz importantes decisões que devem ser pesadas e balanceadas, decisões estas que expressam a ambivalência de sentimentos opostos a respeito do mesmo tema, resumindo, a consideração dos prós e contras que cada mudança de comportamento traz consigo. Ao decidir ir para a academia,por exemplo, mesmo que inconscientemente uma pessoa vai sentir falta de outras rotinas que fazem parte da sua vida sedentária , como a TV, o happy hour ou o passeio com o cachorro. Mas a decisão e o novo hábito prevalecerão se nesta ambivalência prevalecer a vontade de perder peso, ter mais saúde, ou mesmo conhecer novos amigos.
Os sentimentos ambivalentes a respeito do sedentarismo chegam a ser tão fortes e impactantes quanto os do tabagismo e dos hábitos alimentares que levam ä obesidade. Ser magro pode ser bom, porém comer os pratos prediletos também é. Estar gordo pode ser uma dor , porém fazer dieta para muitas pessoas também é uma dor. Deixar de fumar traz muitos benefícios à saúde, porém o receio de engordar ou não poder fumar no convívio social com outros fumantes podem ser ambivalências que dificultam o processo da aquisição dos novos hábitos.
Compreender a existência dos sentimentos ambivalentes e aprender a lidar com eles é fundamental para o sucesso na transição do sedentarismo para a vida ativa. Fortalecer os prós e conscientemente driblar os contras é uma ferramenta poderosíssima para superar os obstáculos de cada estágio e alcançar o próximo até que o novo comportamento se torne um novo hábito.
Encontramos hoje pelo mundo várias metodologias que se propõem a ajudar as pessoas a mudarem seus hábitos. Você pode encontrar mais informações sobre o tema nos sites:
www.wellcoach.com
www.instituteofcoaching.com
www.motivationalinterviewing.com
www.harvardlifestylemedicine.org
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