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Taxas futuras de juros recuam com medidas do BC

As medidas anunciadas nesta sexta-feira, 25, pelo Banco Central, liberando cerca de R$ 30 bilhões em recolhimentos compulsórios e promovendo ajustes no enquadramento dos bancos que podem reforçar em mais R$ 15 bilhões o caixa das instituições, foram percebidas como uma preocupação adicional da autoridade monetária com a atividade, o que resultou em queda das taxas futuras de juros. Isso porque, na visão de alguns analistas e investidores, as ações foram um sinal de que o próximo passo do BC, ainda que não seja no curto prazo, será o de cortar a Selic. E o movimento dos juros se deu a despeito da valorização do dólar ante o real, em um ambiente de busca por segurança no exterior.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o juro para outubro de 2014 (14.555 contratos) estava na máxima de 10,795%, de 10,794% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2015 (146.285 contratos) marcava 10,77%, de 10,78% no ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2016 (159.705 contratos) indicava 11,03%, de 11,09% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (210.110 contratos) apontava 11,24%, de 11,29% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (66.605 contratos) tinha taxa de 11,51%, de 11,53% ontem.

Além das medidas do Banco Central, a queda das taxas hoje também esteve atrelada a uma correção sobre o avanço de ontem, quando o mercado puxou os juros para cima após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) ser explícita em relação à estratégia do BC, que não contempla, por ora, um corte da Selic. Além disso, a baixa firme dos yields dos Treasuries, em meio à cautela no ambiente externo, serve como fator adicional para o recuo dos juros domésticos.

Tal comportamento dos investidores no âmbito internacional está atrelado às tensões geopolíticas, antes do fim de semana, e também à agenda carregada dos próximos dias. Entre os principais eventos previstos para a semana que vem estão a reunião de política monetária do Federal Reserve, a divulgação dos dados do mercado de trabalho norte-americano referente a julho e o PIB dos EUA no segundo trimestre. Assim, o yield do T-note de 10 anos estava em 2,465% às 16h30, de 2,510% no fim da tarde de ontem em Nova York. O dólar à vista no balcão encerrou com valorização de 0,36%, cotado a R$ 2,2280.

Com tudo isso, os indicadores conhecidos hoje ficaram em segundo plano. De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,11% na terceira quadrissemana de julho, de +0,04% na quadrissemana anterior. Já a confiança do consumidor subiu 3,0% em julho, após subir 1,0% em junho e recuar 3,3% em maio, sempre na comparação com o mês anterior, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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