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Documentário da Netflix mostra o que motiva Bill Gates

Há algumas coisas sobre Bill Gates que não são dignas de nota. Sua comida favorita: hambúrgueres. Seu animal favorito: cachorro. Mas alguns minutos em nova série de TV sobre ele revelam uma visão fascinante. O cofundador da Microsoft e bilionário filantropo é questionado sobre qual é o seu maior medo. Não é tragédia familiar ou dor pessoal. "Não quero que meu cérebro pare de funcionar", disse. Essa formidável matéria cinzenta é o tema de Inside Bill's Brain - Decoding Bill Gates (Dentro do Cérebro de Bill - Decodificando Bill Gates), documentário em três partes da Netflix do diretor vencedor do Oscar Davis Guggenheim, que estreia em 20 de setembro.

Surge o retrato de um visionário que rói as hastes dos óculos, derruba Coca-Cola e que acredita que a tecnologia pode resolver males sociais. Também é um leitor frenético e um oponente malvado nas cartas. Embora a série seja altamente favorável ao seu tema, Guggenheim não deixa de pressionar Gates sobre vários assuntos, desde o caso federal antitruste contra a Microsoft nos anos 1990 até seu relacionamento familiar.

Em entrevista por telefone, Gates reconheceu que equilibrou a intrusão da câmera com a possibilidade de contar ao mundo - e recrutar ajuda - sobre seus esforços para ajudar o planeta e os pobres. O cineasta e o bilionário criaram um espaço confortável em que Gates imita Robert De Niro em Taxi Driver e admite beber Tang em pó diretamente da jarra. A série ganha uma pitada de ação com Guggenheim entrevistando Gates em caminhadas.

O diretor de filmes como Uma Verdade Inconveniente e Malala falou com a família de Gates e com o jornalista Nicholas Kristof, o magnata Warren Buffett e a mulher de Gates, Melinda.

Cada episódio da série traz três grandes questões globais que a Fundação Bill & Melinda Gates abordou recentemente - tecnologia de saneamento seguro, erradicação da poliomielite e energia nuclear - e depois volta no tempo para ver como Gates resolveu outros problemas complexos. Depois desse tempo com Gates, Guggenheim disse que a fama dele de pensador frio e desapaixonado não é verdadeira. Gates, ele descobriu, é a primeira pessoa da família a chorar no cinema. "O que aprendi sobre Bill é que ele é muito apaixonado e emocional, mas consegue pôr essas emoções de lado", concluiu ele.

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